Gerdau anuncia novo layoff para 220 funcionários em Pinda

Sistema que suspende contratos é definido após acordo com o sindicato da categoria; PLR injeta R$ 9 milhões na economia da cidade

Área externa da Gerdau; empresa suspende contratos de funcionários em Pinda (Foto: Reprodução)

Da Redação
Pindamonhangaba

Uma das principais marcas do setor de aço no Brasil, a Gerdau anunciou que vai suspender temporariamente os contratos de 220 funcionários da unidade de Pindamonhangaba. De acordo com o Sindicato dos Metalúrgicos, o layoff está programado para setembro e deve focar no setor construção mecânica, ligado ao ramo automotivo, com duração de dois a cinco meses.

O sindicato informou que a proposta foi aprovada pela categoria após a realização, na última quinta-feira (3), de assembleias com funcionários dos três turnos de produção.

O acordo entre a empresa, que tem hoje 2,6 mil funcionários na unidade de Pinda, e a categoria definiu que durante o layoff, os trabalhadores, com os contratos suspensos, farão cursos de qualificação. Os salários serão parcialmente pagos pelo governo e a Gerdau vai completar o montante, até atingir 80% dos salários.

Entre os outros temas discutidos está o vale alimentação de R$ 300, que deve continuar sendo pago. Os funcionários também terão garantia de emprego pelo mesmo período de afastamento e os descontos do convênio médico serão congelados.

Por nota, a empresa destacou que a decisão “reflete a necessidade de ajuste da companhia a uma menor demanda por aços especiais nos próximos meses, uma vez que diversas empresas da indústria automotiva brasileira, principal consumidora do produto, estão concedendo férias coletivas a seus funcionários devido à redução do ritmo de vendas no mercado local”.

PLR – Os funcionários da fábrica receberam, na última semana, o pagamento da primeira parcela da Participação nos Lucros e Resultados do ano. Somente este pagamento injetou mais de R$ 9,3 milhões na economia local.

De acordo com o Sindicato, a PLR recebe o nome de Programa de Metas na Gerdau e faz referência ao primeiro semestre de 2023. A expectativa é que a segunda parcela seja paga até janeiro de 2024. O benefício é feito com base nos salários dos trabalhadores, no lucro global e na produção de cada área.

A categoria afirma ainda que os dirigentes efetuam trabalho de fiscalização em cada setor para conferir se os números apresentados estão correspondentes ao que ocorre na produção.

Conforme o último relatório fiscal, a empresa indicou o impacto da queda na venda de veículos relacionada a alta da taxa de juros no país. O segmento de aços especiais teve queda de 11,5% ainda no primeiro trimestre do ano. O relatório do segundo trimestre sobre o segmento deve ser divulgado, na próxima quarta-feira (9).

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