Tropas brasileiras e americanas seguem com exercícios militares na região

Iniciada em Lorena, Core 21 reúne cerca de mil soldados do 5º Bil e norte-americanos para operação aeromóvel

Corpo Militar do 5° Batalhão de Infantaria Leve de Lorena e militares norte-americanos na abertura da Core 21 (Foto: Marcelo A. dos Santos)

Marcelo Augusto dos Santos
RMVale

Pela primeira vez na América Latina, tropas americanas realizam exercício conjunto a brasileiros. Para compartilhar experiências de campo, cerca de mil militares do 5º Bil (Batalhão de Infantaria Leve) e americanos da 101ª Divisão de Infantaria Aeromóvel iniciaram a operação Core 21 ‘Combined Operations and Rotation Exercises’ (Operações Combinadas e Exercícios de Rotação) em Lorena. As atividades seguem em Cachoeira Paulista e Resende/RJ.

A Core 21, que simula uma invasão aérea, conta com 750 militares do 5º Bil e 240 norte-americanos de um dos maiores agrupamentos com cem aeronaves e um efetivo de aproximadamente trinta mil homens e mulheres. As preparações iniciaram na última semana no quartel e pelas ruas de Lorena. Já a cerimônia oficial foi realizada no 5º Bil, na última segunda-feira (6) e no dia seguinte, os trabalhos seguiram para Cachoeira Paulista, com ações no Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais).

Durante dez dias, os exercícios, de forma estratégica serão realizados com helicópteros armados e blindados leves utilizando recursos tecnológicos avançados além de computadores portáteis.

Soldados durante treinamento de Operação Aeromóvel na região; nova etapa deve contar com brasileiros nos EUA (Foto: Reprodução 5°Bil)

Segundo o comandante militar do Sudeste, general Tomás Miguel Miné Ribeiro Paiva, o trabalho conjunto segue uma tendência histórica dos exércitos em apoios e compartilhamentos. “A interoperabilidade entre Brasil e Estados Unidos começou na Segunda Guerra Mundial. Hoje, nós temos tendências mundiais, nos conflitos modernos. Uma delas é operar com várias agências no campo de batalha. Outras delas é trabalhar de maneira combinada, de maneira multinacional”, salientou.

O comandante ainda relembrou operações como as missões de paz da ONU (Organização das Nações Unidas) no Haiti “e essa tropa do 5º Batalhão de Infantaria foi a que mais perdeu companheiros no terremoto”.

Para o major general Wilian Thigpen, comandante do Exército Sul dos Estados Unidos, que salientou o planejamento desta ação há dois anos, o treinamento deve trazer benefícios para os países e exércitos participantes. “Isso aumenta a camaradagem e a interoperabilidade das duas Forças. Nessa oportunidade, nós pudemos ver que esses soldados estão aptos e prontos para atuar. Este ano, nós estamos aqui e, no ano que vem, a tropa brasileira vai aos Estados Unidos para seguir nesse intercâmbio no nosso Centro de Treinamento”.

No Brasil, a operação segue até a próxima quinta-feira (16).

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