Santa Casa de Lorena se reestrutura para receber gestantes da região

Com apoio estadual, hospital passa a receber R$ 150 mil mensais para atendimentos

A secretária de Saúde Imaculada Conceição, que explicou como a Santa Casa se tornou referência (Foto: Francisco Assis)
A secretária de Saúde Imaculada Conceição, que explicou como a Santa Casa se tornou referência (Foto: Francisco Assis)

Rafaela Loureço
Lorena

A saúde de Lorena passou por modificações no último mês e se tornou referência na maternidade para quatro cidades vizinhas. Com a regularização junto ao Ministério da Saúde, a entidade receberá um aporte mensal no valor de R$ 150 mil do governo do Estado de São Paulo para auxiliar a prestação dos serviços.

De acordo com a secretária de Saúde de Lorena, Imaculada Conceição, a cidade vinha realizando, nos últimos três anos, uma média de seiscentos partos de outros municípios, sem ressarcimento. Agora, com recurso financeiro, o hospital terá assistência à maternidade na implantação do serviço.

“Não é agregar pacientes novos, não é aumentar a demanda, na verdade é uma articulação de gestão, de comprometimento, e de maior organização da rede SUS”, contou Imaculada.

Depois de iniciada a gestão compartilhada, com maior participação do poder público e a regularização das parcerias com os municípios, Lorena fechou acordo com o Estado e passou a ser responsável por receber gestantes de Cachoeira Paulista, Aparecida, Potim e Roseira.

Ainda segundo a secretária, a gestão implica no fortalecimento da Santa Casa junto à secretaria do Estado, e agrega credibilidade por se tratar de uma gestão privada com apoio do poder público.

O projeto conta com a implementação de mais dez leitos de UTI adulto, com a rede Cegonha, a reestruturação da segurança com o Corpo de Bombeiros e um novo sistema de urgência e emergência. “O Estado fez uma sinalização do aporte de aproximadamente R$ 6 milhões, que veio da gestão anterior, e parte desse recurso está sobre os cuidados da Santa Casa”.

Sobre a preocupação com a falta de vagas, a secretária explicou que em períodos semanais há um alto índice de partos, mas que vaga para parto “não significa ter cama e quarto reservado”, mas sim a assistência ao parto. “Temos uma ala de convênios particulares que obrigatoriamente o hospital tem que abrir ao SUS, o convênio define isso. Quando você está com a capacidade do Sistema Único de Saúde lotada e tem a necessidade da assistência e pode pôr em risco algum cidadão, você é obrigado a abrir a área privada para o atendimento”.

Rede Cegonha – O projeto do Ministério da Saúde propõe um trabalho de atendimento de qualidade na assistência a gestante desde o pré-natal, ao puerpério, se estendendo até a criança atingir um ano de idade. “O Brasil tem um alto índice de cesariana e problemas com pré-natal, por isso a Rede Cegonha foi uma proposta do Ministério da Saúde, onde insere todos os municípios. Lorena, por ser um grande polo de assistência e por ter um hospital de média complexidade bem estruturado, faz parte como um ponto crucial para esse processo no Vale do Paraíba”, destacou Imaculada.

Novidades – Além do fortalecimento na estrutura da Santa Casa, que também passa a contar com uma nova ginecologista para fortalecer a equipe nas cirurgias, desde o último dia 3, a rede municipal também passa por reestruturação.

Dos 17 postos (entre ESF’s e UBS’s), a secretária ressaltou o projeto de descentralização das unidades, com agendamento de exames online. Bairros como Olaria e Santo Antonio já possuem o sistema.

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