Manifesto para redução de vereadores e assessores tem baixa adesão em Lorena

Cerca de trinta pessoas participaram do protesto na Câmara, sem conseguir o impacto esperado

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Após a frustração na adesão ao movimento, menos de vinte manifestantes persistem em participar da sessão (Foto: Estéfani Braz)

Da Redação
Lorena

Não passou de um grupo de trinta pessoas o manifesto marcado para a última segunda-feira (14), em Lorena, que pediu a redução do número de vereadores e assessores no Legislativo. Apesar da promessa de grande movimentação durante a semana anterior, o pequeno protesto ficou bem abaixo do esperado pelos organizadores.

A intenção do movimento era entregar o abaixo-assinado aos vereadores durante a sessão e utilizar a tribuna para a leitura do manifesto.

Em entrevista a uma rádio da região, o manifestante Sávio Pereira de Carvalho afirmou que foi surpreendido com a resposta de que não poderia usar a tribuna. “A princípio, estava escrito que eu falaria do abaixo-assinado que estava acontecendo em Lorena e as suas motivações. Na semana anterior, o presidente me deu uma resposta informando que ele precisava de temas mais específicos. Então, protocolei novo requerimento informando que especificamente trataria da redução do número de vereadores, assessores e da redução do subsídio dos vereadores. Mesmo assim, a assessoria jurídica alegou que é um movimento político”.

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Desoladas, manifestantes aguardam para formar quórum em frente da sede do Legislativo; participação na sessão foi modesta (Foto: Estéfani Braz)

O documento foi lido na porta do Legislativo antes dos manifestantes entrarem no plenário. Como não obtiveram êxito, por volta das 20h, eles começaram a desocupar o recinto.

Para o presidente da Câmara, Luiz Francisco de Lima, o Luizão (PSD), o movimento foi democrático. “Até porque nós não podemos impedir nenhum tipo de manifesto. As portas estão abertas. Lorena hoje é exemplo, porque ao invés do salário do vereador ser os R$ 12 mil que poderiam ser por lei, hoje é R$ 4.900. Nós já estamos dando exemplo. Estamos devolvendo dinheiro por questões erradas do passado”.

De acordo com o chefe do Legislativo, a única redução prevista é no quadro de assessores, o que deve ocorrer no final deste ano devido a uma orientação do TCE (Tribunal de Contas do Estado), onde 20 comissionados serão demitidos.
Sobre a utilização da tribuna, Luizão informou que a assessoria jurídica foi a responsável pela análise o documento.

“Existe um departamento jurídico que determina quem pode e quem não pode. Além disso, o assunto não foi considerado relevante. Eu encaminhei o documento ao departamento jurídico e nem conversei. Eu fiquei sabendo hoje que ele não poderia usar (a tribuna)”.

Segundo Savio Carvalho, o abaixo-assinado possui 2.500 assinaturas e os organizadores têm como meta atingir 3.500 para que possam ingressar com um projeto de lei de iniciativa popular, que corresponde aos 5% de assinaturas do eleitorado municipal exigidos para que seja protocolado.

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