Área, esperada para novas Câmara e Prefeitura, é questionada após projeto de repasse à PM
Proposta para construção de quartel militar deve utilizar espaço batizado de “Praça dos Três Poderes”, próximo ao Fórum; vereador contesta sequência de pagamento de aluguel na sede do Executivo
Andréa Moroni
Guaratinguetá
O vereador Marcelo Augusto de Assis, o Marcelo da Santa Casa (PSB), enviou requerimento à Prefeitura de Guaratinguetá solicitando informações sobre o projeto de lei Executivo, que dispõe sobre a doação de área pública à Polícia Militar, para a construção de um quartel militar no município. O pedido de informações foi apresentado na sessão da segunda-feira (19).
Segundo o vereador, o questionamento foi necessário porque a área oferecida para a PM já está reservada para a construção do novo paço municipal e para uma nova sede da Câmara. “O projeto prevê a doação de uma gleba de terra localizada no loteamento Prefeito Gilberto Filippo. Esse local ficou conhecido como ‘Praça dos Três Poderes’, porque fica nas proximidades do fórum da cidade e deve receber a Prefeitura e a Câmara”.
O parlamentar questiona o pagamento de aluguel pelo Executivo sobre a atual sede, no Jardim Rony. “Segundo informações, o aluguel passa de mais de R$ 20 mil mensais. Então, nós queremos saber se o atual governo municipal pretende abandonar a construção da nova sede do Executivo na Praça dos Três Poderes e se vai continuar a pagar aluguel ou se dará a oportunidade dos próximos prefeitos de construir no local já definido para a nova sede”.
Outro lado – A assessoria de imprensa da Prefeitura de Guaratinguetá informou que os questionamentos do vereador serão respondidos dentro do prazo estabelecido por lei, que é de 15 dias, mas que o pedido de informações ainda não tinha chegado ao Executivo.
Sede da Câmara – No início de agosto, a Câmara de Guaratinguetá devolveu o prédio cedido pelo Estado ao Município, em 2019, que seria utilizado como a nova casa do Legislativo. Localizado na praça Conselheiro Rodrigues Alves, no Centro, o edifício é patrimônio histórico tombado e era sede da Diretoria Regional de Ensino antes ficar sob responsabilidade da Câmara. Com o não, a presidência interrompeu proposta que tinha como objetivo facilitar o acesso dos moradores ao trabalho dos vereadores.
O presidente de Câmara, Arilson Santos (PSC), justificou a devolução por entender que o custo para adaptação e reforma do prédio seria alto. Em entrevista ao Jornal Atos, Arilson destacou que o prédio é muito antigo e precisa de amplas reformas, restaurações e adaptações para ter acessibilidade.