Seguindo o MEC, Cruzeiro anuncia reajuste salarial dos professores da rede municipal

Hora-aula dada sobe de R$ 15,91 para R$ 22,10; educadores com jornada integral de trabalho passam a contar com salário-base de R$ 4.420,55

Sala de aula ensino fundamental; salário de professores da rede municipal de Cruzeiro tem reajuste (Foto: Reprodução EBC)

Da Redação
Cruzeiro

A Prefeitura de Cruzeiro anunciou na última semana que reajustará em 14,9% os salários dos professores da rede municipal de ensino. A medida garantirá que a remuneração dos profissionais da cidade fique de acordo com o novo piso nacional da categoria.

O anúncio do reajuste foi proferido pelo prefeito, Thales Gabriel Fonseca (PSD), em um vídeo publicado na página oficial da Prefeitura no Facebook. Na publicação, o chefe do Executivo ressalta que a ação foi possível graças ao trabalho municipal de organização financeira e responsabilidade com o dinheiro público que garantiu “fôlego” para que a secretaria da Educação conte com recursos para arcar com o compromisso.

Com a adequação salarial, os 454 docentes, que até dezembro recebiam R$ 15,91 por hora-aula, passarão a ganhar neste mês R$ 22,10 por hora-aula, possibilitando que os que atuam em jornada integral (quarenta horas semanais) tenham R$ 4.420,55 como salário-base.

Durante entrevista ao Jornal Atos, o secretário de Educação de Cruzeiro, Mario Flávio Costa, deu mais detalhes sobre a novidade. “Esse considerável reajuste é fruto de muito empenho e planejamento por parte da atual gestão municipal. É importante esclarecer que apenas os professores que trabalham em jornada integral terão direito a R$ 4.420,55 como salário base, já os demais receberão de forma proporcional a sua carga horária de trabalho. Essa melhoria salarial faz parte da política municipal de valorização dos educadores que busca incentivá-los a continuarem atendendo tão bem os mais de sete mil alunos da rede municipal”.

O anúncio da Prefeitura de Cruzeiro ocorreu dois dias depois do ministro da Educação, Camilo Santana, confirmar o reajuste de 14,94% do piso salarial nacional dos professores, que saltou de R$ 3.845,63 para R$ 4.420,55. Na ocasião, o membro do primeiro escalão federal justificou a medida alegando que a valorização dos educadores é fator determinante para o crescimento do Brasil.

Em nota polêmica publicada no último dia 17, a CNM (Confederação Nacional dos Municípios) recomendou que os prefeitos ignorem o novo piso salarial dos professores e concedam um reajuste de apenas 5,79%, referente à inflação registrada no ano passado no país. Além de afirmar que a medida é inconstitucional, o órgão justifica seu posicionamento questionando o fato de que apesar de ordenada pelo Ministério da Educação a mudança não impacta nos cofres federais, mas sim nos estaduais e municipais. Segundo estimativa da CNM, o pagamento do novo piso resultaria em um aumento de R$ 19,4 bilhões nos gastos das prefeituras de todo o país com a folha salarial do magistério.

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