Processo administrativo disciplinar investiga denúncia de carro da Câmara de Aparecida com drogas
Funcionário do Legislativo responde após ser flagrado com 13,5 quilos de drogas no veículo oficial; comissão tem prazo de sessenta dias para conclusão
Marcelo Augusto dos Santos
Aparecida
Câmara de Aparecida abriu um PAD (Processo Administrativo Disciplinar), no último dia 4, para apurar o caso de tráfico de drogas envolvendo um motorista da Casa. O funcionário foi flagrado com 13,5 kg de drogas no veículo, em São Paulo, onde estava após deixar um vereador na sede do Podemos, na capital paulista.
As apurações estão sendo coordenadas pelo servidor José Antônio da Silva e a comissão é composta pelo o secretário é o Kleber Adinoel Marques e presidida pelo diretor da Câmara, Geraldo de Souza. O servidor investigado era efetivo no cargo há mais de trinta anos.
“A investigação da Polícia Civil serviu de base para a abertura do processo administrativo, pois, antes de iniciar o processo, seria necessário a abertura de uma sindicância para investigação. Pulamos esta fase, pois este trabalho já foi feito. Agora passamos para o processo administrativo disciplinar para a apuração final e a aplicação das sanções administrativas”, explicou Souza.
Além do funcionário, detido com o entorpecente, na capital paulista, o carro oficial do Legislativo também foi apreendido.
O veículo saiu de Aparecida para levar Luiz Carlos Ferreira Júnior, o Juninho Corpo Seco (Podemos) e um assessor para uma reunião na sede do partido, com o deputado federal Rodrigo Gambale (Podemos).
O boletim de ocorrência revelou que policiais civis receberam uma denúncia de que um carro da Câmara de Aparecida era utilizado para transportar o entorpecente para a região da Grande São Paulo.
No veículo, os policiais encontraram em uma caixa de papelão 13 tabletes de maconha, quatro de skank (maconha mais forte) e um de cocaína.
O flagrante aconteceu na Vila Maria, Zona Norte de São Paulo, por volta das 15h30. Durante a prisão, João Vieira Araújo, de 59 anos, revelou aos policiais que sabia que a caixa continha a droga, que havia buscado em Diadema.
O entorpecente seria levado para Aparecida. Já na delegacia, o motorista optou por ficar em silêncio durante o depoimento. Ele foi preso por tráfico de drogas e teve o celular apreendido.
