Bairro de Potim espera obras há mais de um ano

Placa indica convênio entre União e Município, mas a drenagem e a pavimentação prometida sequer começou

Placa (no alto, à esquerda) informa obra de pavimentação que nem mesmo foi iniciada em Potim; moradores cobram trabalhos da Prefeitura (Foto: Rafael Rodrigues)
Placa (no alto, à esquerda) informa obra de pavimentação que nem mesmo foi iniciada em Potim; moradores cobram trabalhos da Prefeitura (Foto: Rafael Rodrigues)

Rafael Rodrigues
Potim

Não são poucos os casos de moradores que cobram a conclusão de obras paradas pela região, mas em Potim a cobrança é pelo início dos trabalhos de drenagens e pavimentação de diversas ruas que ainda não saíram do papel. Uma placa fixada na rua Ciro de Castro mostra que o local deveria ter uma obra a ser iniciada em agosto do ano passado.

O anúncio informa ainda que a verba, de mais de R$374 mil, faz parte de convênio entre Município e União.
Como sequer a empresa vencedora da licitação iniciou os trabalhos, restou aos moradores do bairro conviver com buracos, lamas e poeira, em várias ruas que, segundo eles, não oferece nenhuma infraestrutura.

Mauricio Rizzo, que mora na rua em que a placa está fixada com as informações, disse que as pessoas sofrem, seja com a lama em dias de chuva ou com a poeira durante o período de estiagem. “O ruim são os buracos que se formam e a lama. A gente lava a frente da casa, os carros passam e sujam tudo. Na época do calor é poeira que levanta e prejudica a nossa saúde”.

Rizzo acrescentou que até o momento, o início das obras só ficou nas promessas. “Políticos vieram na época de eleição, mas agora, quem sabe no próximo ano, possam fazer alguma coisa, porque há mais de um ano ninguém fez nada”.

A dona de casa Marla Aparecida por sua vez alegou que ninguém deu satisfação, nem mesmo se o dinheiro para obra está ou não à disposição da Prefeitura. “Até agora ninguém deu nenhuma satisfação. Eu quero saber do dinheiro que eles disponibilizaram. É um descaso com os moradores que pagam seus impostos direito”.

O atual diretor administrativo e financeiro da Prefeitura, José Dimas, explicou que a licitação foi realizada em 2015, e que a verba foi disponibilizada para prefeitura. Entretanto a administração não teve acesso ao dinheiro por questões burocráticas.

De acordo com Dimas, a empresa vencedora do certame foi impedida de firmar o contrato, e com isso as obras não começaram. “A obra não começou porque após a concorrência verificou-se que a empresa não poderia licitar com o Município, e isso foi em janeiro de 2016, e até agora nada tinha sido feito. Foi um relapso da administração quanto ao convênio”.

A gestão chefiada pelo prefeito interino e ex-presidente da Câmara, André Bertolino (DEM), que assumiu o comando da cidade depois do afastamento judicial de Edno Félix (PSD), busca alternativas de viabilizar novamente o convênio, para não perder o dinheiro depositado em um sistema de regulação da Caixa Econômica Federal. “Mandamos um ofício para reativar o convênio e eu acredito que possa ser deferido, para que a obra não perca a parceria”.

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