Bastidores da Política

A mosca da sopa

Comenta-se pelas esquinas de Lorena que as incertezas do PSDB quanto a estabilidade partidária ainda continuam.

Mesmo com a realização da convenção na semana passada, com a participação dos recém-filiados apoiando o novo prefeiturável, não acalmam os ‘ventos contrários’.

Pelos rumores da patuleia, os quatro votos contrários à Sylvio Ballerini podem render mais complicações que os 90 favoráveis, principalmente se depender das representações que os professores Leonel e Erivaldo encaminharam ao Ministério Público e a Justiça Eleitoral.

A força do povo

A equipe de inteligência do gabinete do prefeito Délcio Sato, procura identificar ‘quem insuflou’ a população a marcar presença na Câmara de Ubatuba nesta semana, para ‘melar’ a votação de um projeto do Executivo que buscava autorização para mais um empréstimo milionário da administração pública, desta vez no valor de R$ 10 milhões, com a ‘justificativa’ de investimento em infraestrutura. Ah! Disseram que os vereadores não aguentaram a pressão contrária dos moradores e abortaram a votação…

Faca amolada

Como previsto no mercado político de Cruzeiro, o presidente da Câmara, Mário Notharangelli, ‘meteu o facão’ nos assessores parlamentares do Legislativo, com a finalidade de economizar mais de R$ 900 mil. Segundo a boca-pequena, a ideia é fazer média com a devolução deste valor aos cofres da Prefeitura, para ganhar ‘ponto’ no processo seletivo de vice do prefeito Thales Gabriel, no ano que vem. Enquanto isso, os vereadores que perderam seus cabos eleitorais com as demissões, que se virem nos trinta para arrumar votos…

Longa metragem

A reinauguração do Museu Major Novaes de Cruzeiro, que por pouco não foi transformada em novela – por tantos capítulos, dramas, ‘ações secretas’, diversidades de personagens e investimento altíssimo – ainda está dando muito o que falar pelas esquinas da cidade. O roteiro foca prefeito e primeira-dama estilo ‘felizes para sempre’; a ex-prefeita como a ‘fantasma das sombras’; os restauradores como ‘heróis da resistência’; aquele comissionado encarregado dos passeios, que só faltou altura para incorporar ‘meu malvado favorito’ e, entre outras & outras, a difícil interpretação do vice, dando a entender que outros personagens do longa metragem podem ter desaparecido do cenário, e talvez – ‘sem querer’ –, com parte do acervo. Oh! Não dá outra, é pura novela…

O ‘náufrago’

Parece que a situação de um dos vereadores da Câmara de Lorena, o que foi empurrado do ‘transatlântico’ – leia-se final do governo Paulo Neme, e que pelo exce$$o de carga nos bolsos, afundou nas ondas eleitorais, bem abaixo dos brancos e nulos em 2012 – dificilmente conseguirá espaço em ‘outra embarcação’ pelos meios convencionais, ou seja, pela vontade das urnas. Nenhum comandante, em juízo perfeito, arriscaria tê-lo em sua tripulação, ainda que seja na bagagem de um ‘terceiro’, porque na primeira tempestade nos altos mares da política, com certeza ele estaria introduzindo um novo comando da ‘embarcação’.

Contraditório

O prefeito de Cachoeira teve seu veto ao projeto que regulamenta especialidades médicas nos atendimentos Saúde da Família – de autoria da Dadá Diogo – derrubado pelos vereadores na sessão desta semana. Ironicamente, o único voto a favor do prefeito, digo, ao veto deste projeto, foi do vereador Carlinhos da Saúde. Isso porque seu nome político usurpa do título; “Saúde”. Depois quando falam que Carlinhos anda completamente ‘fora da casinha’, ele fica bravo…

Ânimos ‘esperneantes’

Se a ideia de Regis Yasumura era ‘melar’ a indicação de Celão para a vaga de vice-prefeito de Marcus Soliva na eleição do ano que vem, parece que está conseguindo ir mais além. Segundo a periferia política de Guará, Regis está contribuindo até para arrumar mais um voto contrário ao prefeito na Câmara, que fará a diferença quando couber desempate para a presidência.

Terceiro na linha…

…sucessória – É voz corrente nos cafezinhos de Guará que na ausência de Celão no santinho como vice e, confirmando o falatório da patuleia de que Regis Yasumura deverá estar em campanha solo, o mercado político aposta no vereador João Pita como a bola da vez na linha sucessória. Aliás, mais fiel ao prefeito que ele em condições de disputa, não tem…

Goleada

Dois dias após convocar a secretária de Esportes de Lorena, Vera Silva, para “prestar contas” de seu trabalho, a Câmara recebeu uma resposta especial na última quinta-feira. O prefeito Fábio Marcondes anunciou as reformas de dois campos de futebol, nos bairros São Roque e Vila Geny, e a retomada da recuperação da quadra do bairro Vila dos Comerciários I. Ao todo, as melhorias somam investimento de mais de meio milhão de reais. Além da “aula” que receberam sobre esporte de Vera na última sessão, os vereadores ganharam mais estes três motivos para “abaixarem a bola”.

Fogo no palheiro

As recentes exonerações do ex-chefe de Gabinete de Ubatuba, Ronaldo Dias, o Nuno, e de sua companheira, Patrícia Mello, caíram como uma bomba nos bastidores da Prefeitura, e com repercussão em toda classe política.

Comenta-se que a atitude do prefeito Délcio Sato (PSD) não seguiu o critério da cautela eleitoral.

Os rumores de que as exonerações foram motivadas por perseguição política ganharam as ruas e corredores do Paço Municipal, já que o nome de Nuno ganhou popularidade como candidato em potencial ao cargo de prefeito nas eleições 2020.

Atirando no próprio pé

O mercado político de Ubatuba acredita que as exonerações do casal Nuno e Patrícia, além de serem as mais barulhentas do período Délcio Sato, provocaram várias interpretações na cidade. A primeira suspeita é da oposição, que vê a atitude de Sato como demonstração de medo em ter Nuno como seu oponente nas urnas; outros apostam que sua tentativa deveria ser em trazê-lo pra vice ao invés de tentar “matá-lo no ninho”, o agora possível concorrente. Para os moderados, os efeitos colaterais provocaram insatisfação e desconfiança nos servidores do ‘baixo clero’ e até em boa parte de seu primeiro escalão, por enxergar que o ‘verdadeiro problema’ ainda circula pelos corredores da municipalidade com ‘poder’ de mando.

Um passo à frente

Para alívio de todos moradores de Pinda que torcem para o bom desempenho econômico do poder público municipal, a Câmara aprovou o orçamento de 2020 estimado em R$ 516 milhões sem alarde e polêmicas. O fato que demonstra a estabilidade do governo de Isael Domingues mostra também a contribuição do poder Legislativo em ‘cortar a própria carne’, aprovando unânime a LOA (Lei Orçamentária Anual) com a redução de 23% no orçamento da Câmara. Para os bons entendedores em política, significa que apesar de toda crítica sofrida, Isael está um passo à frente da concorrência e os vereadores buscando seguir seus passos, rumo a reeleição. Perguntem àquele ‘pré-candidato’ que já pensa em passar a vez ou partir para o ‘tapetão’, digo, cassação…

Dignidade zero

Para a revolta dos moradores de Cachoeira, a última sessão de Câmara foi marcada por mais uma manobra dos “Guardiões de Mota” para tentar intimidar qualquer criatura que ouse propor uma investigação contra o “patrão”, principalmente se for vereador. Na última terça-feira foi a vez do parlamentar Thales Satim (PSC) ser alvo da abertura de uma comissão processante. O ato foi uma represália contra o vereador, que recentemente protocolou um pedido de abertura de investigação contra supostas irregularidades no decurso de prazo de envio do orçamento municipal à Câmara. A manobra reforça a tese dos cientistas políticos da Praça Prado Filho de que esta composição no Legislativo é a mais um capacho da história da cidade.

A política do silêncio

Há quem garanta que os mais experientes da Câmara de Aparecida sabiam que os novatos haviam deixado falhas no procedimento de instauração da processante contra o prefeito afastado Ernaldo Cesar. Pelo menos esse foi o comentário que rolou no entorno da Basílica Velha, quando chegou a notícia que Ernaldo havia conseguido na Justiça, ‘jogar água fria’ nos ânimos dos caçadores mandatos…