Mesmo com determinação para retomada, funcionários dos Correios da região entram em estado de greve

Decisão do TST por fim da paralisação nacional ainda não obteve adesão de toda categoria; serviço estava parado desde 17 de agosto

Agência dos Correios de Pindamonhangaba; trabalhadores da RMVale seguem em estado de greve (Foto: Bruna Silva)

Bruna Silva
RMVale 

A decisão da Fentect (Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares) de anunciar o fim da greve na última terça-feira (22) levou funcionários a retomar o atendimento pelo país, mas na RMVale (Região Metropolitana do Vale do Paraíba e Litoral Norte) a situação ainda é de impasse. O sindicato da categoria destacou os trabalhadores seguem em estado de greve e uma nova paralisação pode acontecer a qualquer momento nas cidades da região.

O retorno veio após determinação do TST (Tribunal Superior do Trabalho) para a finalização da greve nacional que durou 35 dias. Os funcionários estavam paralisados desde 17 de agosto. O tribunal aprovou reajuste salarial de 2,6%, com metade dos dias de greve descontada do salário dos empregados e a outra metade compensada.

De acordo com um funcionário dos Correios, o estado de greve foi aprovado na região, sendo assim a empresa fica de sobreaviso. Apesar da medida, eles não esperam que uma nova paralisação seja feita tão cedo, a menos que haja um “ataque mais feroz do que já houve”, em relação aos direitos trabalhistas.

A decisão do Tribunal desagradou os trabalhadores, que destacaram que os direitos conquistados ao longo dos anos, do ponto de vista econômico, foram perdidos.

A classe aguarda ainda a entrada de recursos para decisão e frisou que, se for preciso “subir para o Supremo Tribunal Federal, vai subir”.

Na região, a unidade de Pindamonhangaba foi uma das que obteve maior adesão à greve, de acordo com o sindicato. Há cerca de um mês, o CDD (Centro de Distribuição) estava operando com 30% da capacidade, após 18 funcionários terem testado positivo para a Covid-19.

Com o término da greve e adesão à determinação do TST, outra pauta entra em debate após o sindicato lançar comunicado divulgando uma nova mobilização dos funcionários direcionada a impedir a privatização dos Correios.

 

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