Vereadores rejeitam contas de 2013 e 2014 de Jonas Polydoro

Prefeito de Roseira não conseguiu articular votação e viu contas serem rejeitadas na Câmara Municipal; decisão foi encaminhada para o MP

O prefeito Jonas Polydoro, que teve contas de 2013 e 2014 rejeitadas (Foto: Reprodução)
O prefeito Jonas Polydoro, que teve contas de 2013 e 2014 rejeitadas (Foto: Reprodução)

Leandro Oliveira
Roseira

A Câmara de Roseira rejeitou as contas de 2013 e 2014 do prefeito Jonas Polydoro (PSD). A decisão dos vereadores foi baseada no parecer do Tribunal de Contas do Estado, que apontou falhas na administração. Após a votação no plenário, a decisão foi encaminhada ao Ministério Público. O prefeito pode ficar inelegível por até oito anos.

Para que as contas fossem aprovadas eram necessários seis votos dos nove vereadores que compõe o Legislativo, já que o parecer do TCE foi contrário. Mas na Câmara, o prefeito não conseguiu articular a votação e o placar terminou em 5 a 4 a favor das contas, placar insuficiente para aprovação.

O presidente do Legislativo, José Altair (PR) e os vereadores Benedito Moreira (PSD), Luciana Ribeiro “da Cultura” (PSD), Gustavo Fonseca (PTB) e Joel Polydoro (PSD) votaram a favor das contas. “Os vereadores que votaram a favor estão pensando no bem de Roseira”, respondeu Altair ao ser questionado sobre a votação.

Os vereadores Célio Francisco (SD), Isaias Eleutério, o Daio da Farmácia (DEM), João Vilaça (PV) e Maria Cecília (PSDB) votaram pela rejeição das contas e a favor do parecer do Tribunal.

“O projeto não diz que o projeto roubou, que houve dolo. Houve alguns indícios de irregularidades no qual o prefeito é notificado, ele tem o prazo para sanar e foi sanado quase todos eles”, saiu em defesa o presidente da Câmara.

Altair respondeu que teme que após a rejeição o clima entre o Executivo e o Legislativo possa ficar estremecido e causar um racha dentro da casa de leis.

“Só espero que não atinja a nossa população. Parecer técnico é uma coisa, mas a gente não pode ficar fazendo picuinha política. Eu sei lá, respeito a decisão de cada um, mas tomei minha decisão, não pelo prefeito, e sim pensando no bem do povo. Hoje se o prefeito não tiver o apoio da Câmara, a cidade não anda”, concluiu.

A reportagem procurou o prefeito, mas Polydoro não foi encontrado até o fechamento desta edição.

Após a votação, a decisão foi encaminhada ao Ministério Público para que sejam tomadas as medidas cabíveis.

Compartilhar é se importar!

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

× Como posso te ajudar?