Projeto polêmico é nova tentativa de Potim para resolver o problema da água
Prefeitura quer terceirizar o serviço; vereadores devem rejeitar novamente a matéria
Rafael Rodrigues
Potim
Mais uma vez os vereadores de Potim estão com um projeto que pretende acabar com o impasse da água na cidade. Considerado o principal problema no município, a qualidade e a falta da água vem ao longo dos anos sendo o principal embate político em Potim, entretanto, sem nenhuma solução para os moradores. Projeto polêmico foi enviado à Câmara para análise dos parlamentares. Nele, a prefeitura pede autorização da Casa para que faça um processo licitatório para contratar uma empresa que possa realizar o serviço de abastecimento e tratamento da água.
A reportagem tentou por diversas vezes contato com a prefeitura, entretanto, por determinação do chefe de gabinete, Ernandes Franco da Silveira, as informações sobre o projeto foram negadas. De acordo com a assessoria de imprensa do Executivo, Ernandes não autorizou divulgar nenhum detalhe do texto, mesmo sendo público e de interesse popular.
De acordo com relatos de pessoas ligadas ao Executivo, o projeto foi elaborado às pressas, não com o intuito de resolver o problema, mas sim tirar a pressão imposta pela justiça, que determinou prazos para que o Poder Público resolva definitivamente o problema de abastecimento na cidade.
Mas, mesmo com mais um projeto enviado para Câmara, o problema parece estar longe de ser solucionado, já que alguns vereadores sinalizaram que devem rejeitar a matéria.
Renato Domiciano de Castro (PR) lembrou que, no passado, problemas políticos impediram a aprovação da concessão da água para Sabesp, como era vontade do ex-prefeito Benito Carlos Thomaz. Além disso, o parlamentar teme que uma licitação possa acarretar na contratação de uma empresa sem condições de realizar o serviço na cidade.
“Infelizmente o projeto ‘Sabesp’ nunca foi aceito por problemas políticos. Hoje está na hora de voltar com ele e não abrir uma licitação que possa acabar na contratação de uma empresa que corre o risco de não ter condições de fazer o trabalho”.
O vereador disse ainda que o projeto continha erros na composição e que por isso sequer deve ser votado. “O projeto está com erro na redação e deve ser devolvido para prefeitura para que aí sim possa voltar a ser debatido na Casa”.
A prefeitura também não informou sobre o erro no projeto, muito menos quando pretende arrumar a redação para que ele volte a ser analisado pelos vereadores.