Fim da banda municipal de Aparecida revolta pais de alunos

Administração alega que suspensão foi necessária para adequação do projeto

Rafael Rodrigues
Aparecida

Pais de alunos que compõe a BEMA (Banda Educacional Municipal de Aparecida) estão revoltados com o fim das atividades que atendiam aproximadamente 50 crianças e adolescentes da cidade há mais de 10 anos. De acordo com Dila Vieira, mãe de um dos alunos, na volta do recesso de julho eles foram informados da suspensão temporária das atividades da banda.

“Eles falaram que por enquanto está suspensa e, se der, o ano que vem voltará com a contratação de professores”.

O descontentamento foi tanto que ela convocou um pequeno protesto na noite da última segunda-feira (24), quando colheu diversas assinaturas de pais de alunos que fazem parte da banda. Segundo ela, a adesão tem sido grande, e por isso o Poder Público deve explicações sobre o fim das atividades da banda.

“Eu acho um absurdo, porque as crianças não tem muito que fazer. Não temos cultura na cidade e agora eles querem tirar esse benefício. Sem contar os instrumentos caros que agora vão ficar parados, correndo o risco de deterioração e ainda serem roubados”.

Prefeitura – A prefeitura de Aparecida, através da secretaria municipal de Educação, explicou que houve a necessidade de interromper as aulas da BEMA. De acordo com a responsável pela pasta, professora Nazaré Carlota de Castro, a medida era necessária por uma questão burocrática.

“Houve um apontamento do TC-SP (Tribunal de Contas do Estado de São Paulo) que verificou e auditou as contas da prefeitura. Então nós tínhamos que paralisar temporariamente até que possamos fazer um projeto e reconduzir o trabalho da forma legal”.

Apesar disso, ela garantiu que durante esse período de reformulação, o maestro se comprometeu a dar aulas voluntárias aos alunos. “Não significa que isso vai parar definitivamente. Como voluntários vai continuar, inclusive com o trabalho do nosso maestro”.

Para regularizar toda situação, a prefeitura vai elaborar um projeto criando oficialmente a BEMA, em seguida enviado à Câmara, para que, aí sim, possa ser colocado em prática oficialmente.

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