Polícia retoma buscas pelo corpo do escoteiro Marco Aurélio em Piquete

Drones mapeiam novos pontos de escavação; garoto desapareceu misteriosamente no Pico dos Marins em 1985

Trabalho de escavação em 2022; polícia retoma buscas por Marco Aurélio após novas pistas (Foto: Arquivo Atos)

Lucas Oliveira
Piquete

Na tentativa de solucionar um mistério que dura quase quatro décadas, a Polícia Civil retomou na manhã desta segunda-feira (18) as buscas pelo corpo do escoteiro Marco Aurélio Simon no Pico dos Marins, em Piquete. Peritos pretendem escavar ao menos cinco pontos da montanha onde podem estar os restos mortais do paulistano, que tinha 15 anos quando desapareceu em 1985.

Contando com equipes de diversas delegacias da RMVale (Região Metropolitana do Vale do Paraíba e Litoral Norte) e da capital paulista, a Polícia Civil seguirá até a próxima sexta-feira (22) promovendo buscas no ponto turístico. Os locais de escavação foram definidos após a corporação utilizar drones, com tecnologia alemã, para sobrevoar a área. Na ocasião, os equipamentos, que possuem um sistema de detecção de alta profundidade de materiais, indicaram a provável presença de ossos em cinco pontos, sendo quatro deles em região de mata e um próximo à porteira de entrada do Pico dos Marins.

Diversos trechos da montanha ficarão interditados para o trabalho dos peritos que, além de escavar, irão peneirar a terra, já que os ossos podem estar fragmentados devido ao processo de decomposição.

A retomada das buscas pelos restos mortais do escoteiro foi definida em uma reunião realizada na semana passada na Delegacia Seccional de Guaratinguetá. Além da Polícia Civil, participam da operação o Corpo de Bombeiros e a Polícia Militar.

Histórico – Membro de um grupo de escoteiros da capital paulista, Marco Aurélio desapareceu em 8 de junho de 1985. Segundo relatos da época, o adolescente estava em Piquete acompanhado por outros quatro escoteiros, sendo apenas um adulto. A subida do grupo ao Pico dos Marins foi interrompida quando um dos garotos se machucou e não pôde mais caminhar. O chefe dos escoteiros pediu para que Marco Aurélio fosse à frente, abrindo caminho em meio às trilhas, para facilitar a passagem dos demais na volta à base, onde estavam acampados. No entanto, o adolescente desapareceu de forma misteriosa no trajeto. O sumiço do paulistano foi constatado pelo grupo ao chegar na base na manhã do dia seguinte.

Uma série de operações de busca foram realizadas na época do desaparecimento do escoteiro. Em 2021, o caso foi reaberto pela Polícia Civil após informações de uma moradora de Piquete apontarem que o corpo de Marco Aurélio poderia estar enterrado em uma área que fica nas imediações da base do Pico dos Marins. No entanto, o trabalho de escavação do terreno, promovido em julho de 2021, não encontrou os restos mortais do garoto.

A Polícia Civil chegou a realizar uma nova escavação em 16 de novembro do ano passado em uma área de mata próxima à base da montanha, porém também não encontrou vestígios de Marco Aurélio.

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