Trabalhadores da Tecpar ameaçam entrar na Justiça por reajuste salarial

Sindicato de Pinda critica postura da empresa; assembleia aprova ‘ofensiva’

Trabalhadores da Tecpar durante manifestação em Pinda; sindicato cobra reajuste salarial (Lucas Barbosa)
Trabalhadores da Tecpar durante manifestação em Pinda; sindicato cobra reajuste salarial (Lucas Barbosa)

Lucas Barbosa
Pindamonhangaba

Após assembleia na manhã da última quinta-feira, os funcionários da empresa Tecpar autorizaram o Sindicato dos Metalúrgicos de Pindamonhangaba a entrar na Justiça contra a empresa, em busca de melhorias salariais.
Os mais de 120 trabalhadores da Tecpar, que desenvolve ferro gussa, principal matéria prima do aço, se reuniram com representantes do sindicato , no pátio da empresa, para traçarem qual seria o próximo passo da campanha salarial. Depois de cerca de duas horas, os funcionários autorizaram que o sindicato ingresse com ação na Justiça do Trabalho para instaurar o dissídio coletivo caso a gerência da Tecpar não pague o reajuste salarial até o dia 31 de dezembro.
No último dia 15 os trabalhadores já haviam reprovado a proposta em trocar o reajuste da inflação, de cerca de 9,88%, por um abono salarial de R$ 4 mil, mas sem nenhuma garantia de que não haveria demissões.
O dirigente sindical e representante dos trabalhadores da Tecpar, Gerilson Vieira, mais conhecido como Dê, criticou o posicionamento da empresa diante o pedido de reajuste salarial. “Tem mais de dois meses que a gente tenta negociar e a Tecpar só nos enrola, com a desculpa de que estava aguardando a negociação da Gerdau. Agora fechou o acordo lá e ela não quer acompanhar. O recado já foi dado, ou paga ou vai pra Justiça”, ameaçou.
O secretário geral do sindicato, Herivelto Moraes, afirmou que devido a displicência da empresa, possivelmente o caso acabe na Justiça. “Sempre priorizamos a negociação sindicato e empresa. Seria melhor não ter que recorrer à Justiça, mas a Tecpar não está dando alternativa”.
Outro lado – A reportagem do Jornal Atos tentou entrar em contato com a Tecpar, mas até o fechamento desta edição nenhum responsável foi encontrado para comentar o caso.

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