Trabalhadores da Gerdau voltam a protestar contra retirada de benefícios
Paralisação na manhã da última quarta-feira destaca polêmica em discussões e atrasa a entrada para o turno

Bruna Silva
Pindamonhangaba
Os funcionários da fábrica Gerdau fizeram uma paralisação de duas horas, na manhã da última quarta-feira (24). De acordo com o Sindmetp (Sindicato dos Metalúrgicos de Pindamonhangaba, Moreira César e Roseira), o protesto foi motivado pela retirada de direitos.
A paralisação sinalizava a insatisfação dos trabalhadores contra a empresa do ramo de aço sobre a retirada de benefícios, entre eles a cláusula que assegura estabilidade contratual aos funcionários vítimas de acidente de trabalho. Assim como o parcelamento do reajuste do salário.
“Essa paralisação aqui é determinante. O setor do aço está muito fortalecido, grande crescimento, muita exportação, e mesmo assim essa bancada está querendo algo absurdo, acabar com a garantia de emprego de quem sofreu acidente. O parcelamento da inflação é outra loucura. Nós já estamos pagando tudo muito mais caro há muito tempo. E precisamos sim construir a luta pelo aumento real de salário”, afirmou o presidente da Federação dos Metalúrgicos do Estado de SP, Erick Silva, que estava presente no ato. Segundo o sindicalista, a quantidade de metalúrgicos de Pinda equivale a aproximadamente 40% de todo o Estado nas negociações deste segmento. Atualmente, a Gerdau conta com 2,4 mil trabalhadores na planta no município da RMVale (Região Metropolitana do Vale do Paraíba e Litoral Norte).
As movimentações sobre os salários são realizadas em parceria com a FEM-CUT/SP (Federação dos Metalúrgicos da CUT no Estado) e os 13 sindicatos ligados à instituição, incluindo o de Pindamonhangaba.
A empresa não havia se pronunciado sobre o caso até o fechamento desta matéria.