Regulamentação de mototaxistas e motoboys é adiada em Pinda

Felipe César aguarda parecer do Ibam; ação tenta reduzir desemprego

Fila de motos no Centro de Pinda; projeto quer legalizar o uso na cidade (Foto: Francisco Assis)
Fila de motos no Centro de Pinda; projeto quer legalizar o uso na cidade (Foto: Francisco Assis)

Lucas Barbosa
Pindamonhangaba

Para tentar contribuir para o crescimento da geração de empregos em Pindamonhangaba, um projeto legislativo pode regulamentar o exercício de três atividades profissionais desempenhadas através do uso motocicletas. Colocado em pauta, o projeto foi adiado à pedido do autor e presidente da Câmara, Felipe César (PV).

Além de econômica, comparada a outros veículos, a motocicleta se tornou nos últimos anos uma ferramenta para milhares de brasileiros desenvolverem alguma atividade profissional. De acordo com um levantamento da secretaria do Emprego e Relações de Trabalho de São Paulo, realizado em 2014, atualmente cerca de quatrocentos mil paulistas desenvolvem alguma atividade profissional relacionada à utilização de motos. A maior categoria é a dos motoboys, que chegam a quase trezentos mil em todo o Estado.

No início de maio o vereador propôs a criação de um projeto de lei que regulamenta o exercício das atividades profissionais de motoboy, mototaxista e transportador de mercadorias.

Segundo o projeto, somente serão licenciadas as motos apropriadas à característica do serviço e que satisfaçam as normas e padrões técnicos estabelecidos pelos órgãos competentes. As motos deverão possuir motores com potência mínima de 125 e no máximo 250 cilindradas, e ter cinco anos de vida útil, em perfeito estado de conservação e funcionamento.

Para o motoboy Rodrigo dos Anjos, 28 anos, que atua como entregador de lanches na região do Santa Cecília, a regulamentação contribuiria muito para a profissionalização da categoria. “Eu pago o meu INSS como autônomo porque não tenho registro na lanchonete e na pizzaria que trabalho. Acho que se fosse regulamentado, meus patrões se sentiriam mais seguros pra me registrar”.

O motoboy afirmou ainda que caso ocorra à regularização da atividade de mototaxista, muitos moradores de Pinda seriam beneficiados. “Já passou da hora de regularizarem os mototáxis aqui. Todo mundo sabe que fica mais barato para um morador se deslocar de mototáxi para um bairro vizinho, do que ele pegar um táxi ou até mesmo um ônibus. Além disso, abririam muitas vagas de emprego”, finalizou.

Para o taxista Manoel Sampaio, 61 anos, a regulamentação dos mototaxistas não é vista como uma ameaça à categoria. “Acho que tem lugar para todo mundo. Mesmo com o preço mais barato, não é todo mundo que tem coragem ou condições físicas de andar de mototáxi. Vejo que ajudaria muita gente desempregada a conseguir uma ocupação”.

O projeto que busca regulamentar as atividades desenvolvidas com a utilização de motos ainda não foi colocado em discussão pois o autor adiou a proposta, alegando estar aguardando um parecer do Ibam (Instituto Brasileiro de Administração Municipal).

Autor – O Jornal Atos entrou inúmeras vezes em contato com o gabinete do presidente da Câmara, Felipe César, mas até o fechamento desta edição o vereador não atendeu a equipe de reportagem.

Compartilhar é se importar!

Um comentário em “Regulamentação de mototaxistas e motoboys é adiada em Pinda

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

× Como posso te ajudar?