Ex-diretor de Saúde confirma assinatura de notas na CEI dos Remédios em Potim

Peça chave da investigação, ele disse que não recebeu medicamentos; Câmara prossegue com investigações

Rafael Rodrigues
Potim

Após 45 dias de trabalhos, os vereadores que compõe a CEI (Comissão Especial de Inquérito) que investiga possíveis irregularidades na compra de medicamentos por parte da Prefeitura de Potim, conseguiram ouvir uma peça chave da apuração: o ex-diretor de Saúde, Graciano Arilson dos Santos. Durante uma hora e meia, a testemunha confirmou que assinou as notas fiscais e ainda declarou que não recebeu pessoalmente os medicamentos.

De acordo com o relator do processo, o vereador Willian Amaral (PV), os esclarecimentos do ex-diretor foram muito importantes para embasar os parlamentares na confecção do relatório, que deverá ser entregue em no máximo 45 dias. “O senhor Arilson confirmou que realmente assinou as notas, sendo bem claro nas respostas e não se omitindo. Eu acredito que ele foi muito transparente referente ao assunto, mas a entrada dos remédios ninguém sabe dizer, nem mesmo ele”.

Apesar de assinar os documentos, Willian Amaral disse que Santos não recebeu nenhum medicamento. “Até mesmo, o possível recebimento foi feito de uma maneira muito obscura, fora do horário de trabalho dele, e por isso vamos aprofundar o caso, para definir se esses medicamentos deram entrada ou não no almoxarifado da prefeitura”.

Com base nos recentes esclarecimentos, os vereadores devem agora chamar mais três testemunhas para dar sequência aos trabalhos. “Agora será mais fácil chegar em um ponto para fechar o relatório com mais embasamento”.

Depois da oitiva, Willian Amaral comemorou, dizendo que os vereadores terão mais informações para investigar a fundo as denúncias, já que no início da investigação encontravam dificuldade para colher dados referentes ao assunto. “Nós tivemos alguns problemas no inicio das oitivas, porque o empresário Guilherme Lopez se negou a prestar os esclarecimentos”.

Investigação – No fim de março os vereadores de Potim, abriram uma CEI (Comissão Especial de Inquérito) para investigar possíveis irregularidades na compra de medicamentos na cidade, baseados em denúncia de morador com dados do TCE (Tribunal de Contas do Estado) que indicavam que a administração havia comprado medicamentos no valor de R$ 207 mil. De acordo com os apontamentos, o produto não chegou à farmácia municipal.

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