Com baixa adesão e macaco contaminado, Pinda teme epidemia de febre amarela

Cerca de cem mil não procuraram unidades de saúde; Prefeitura cobra cooperação da população

Mulher é imunizada durante campanha de vacinação contra a febre amarela em Pinda; cidade redobra atenção após macaco contaminado (Foto: Divulgação)
Mulher é imunizada durante campanha contra a febre amarela em Pinda; cidade redobra atenção após macaco contaminado (Foto: Divulgação)

Lucas Barbosa
Pindamonhangaba

Vizinha de municípios que já registraram casos de febre amarela, Pindamonhangaba revelou na última semana que mesmo com o desenvolvimento de diversas campanhas de conscientização, cerca de cem mil moradores ainda não foram vacinados. No último dia 23, a médica da Vigilância Epidemiológica, Elizabeth Bassi, declarou que a cidade pode em breve sofrer uma epidemia da doença. Situação agravada após o laudo do Instituto Adolfo Lutz, que revelou exame positivo para o vírus RNA na morte de um macaco, encontrado no início do mês.

Palestrando para diversos enfermeiros e médicos na secretaria de Saúde, Elizabeth reforçou que Pinda está no corredor do vírus da febre amarela, já que além de cercada pela mata, foram também confirmados casos em Santo Antônio do Pinhal, São Bento do Sapucaí e São José dos Campos.

A preocupação deve aumentar após a confirmação de contágio da doença como causa da morte de um macaco da raça bugio, encontrado por romeiros no último dia 16 caído na Trilha das Borboletas, localizada entre os bairros do Bonsucesso e Ribeirão Grande.  “O Brasil não possuía casos urbanos desde 1942, sendo apenas silvestres. Para que não haja novamente uma epidemia é necessário que a população participe e tenha consciência da importância da imunização. Nada justifica não tomar a vacina, já que há chances de 40 a 50% de óbito se a pessoa pegar a doença”, explicou Elizabeth.

Quem cobrou também uma maior adesão popular à campanha de vacinação contra a febre amarela foi o diretor do Departamento de Proteção aos Riscos e Agravos à Saúde, Rafael Lamana. “Atingimos cerca de 34% da    meta de imunização, correspondendo há pouco mais de 47 mil pessoas. Ainda necessitam ser vacinados de noventa a cem mil moradores, mas precisamos que eles levem a sério nossas ações de conscientização”.

O diretor ressaltou ainda que desde janeiro a Prefeitura adotou uma série de medidas para imunizar o maior número possível de habitantes. As ações consistem desde a ampliação de pontos de vacinação até mesmo a visitas das equipes médicas em fabricas, escolas e casas da zona rural.

Já os pontos fixos são as unidades de saúde dos bairros Cidade Nova, Araretama, Centro, Terra dos Ipês e também no distrito de Moreira César.

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