Construção de área de lazer da Vila Cristina entra em fase final
Investimento ultrapassa meio milhão; obra atende antiga reivindicação de moradores
Lucas Barbosa
Lorena
Há mais de três décadas cobrando o poder público, os moradores da Vila Cristina e Ponte Nova, em Lorena, estão próximos de receber no próximo mês uma moderna área de lazer. Nesta última semana, as obras de construção do espaço entraram em fase final.
Em 2012, o Jornal Atos produziu uma reportagem mostrando a indignação de famílias da Ponte Nova e Vila Cristina que reclamavam que as crianças e jovens da região não possuíam um lugar adequado para se exercitarem. Na época, os moradores revelaram que diversos ex-prefeitos e vereadores chegaram a prometer aos eleitores, que a região ganharia uma moderna área de lazer, mas para a tristeza da população o ‘projeto’ não passou de uma promessa infundada.
Para alívio da população, no início do ano a Prefeitura anunciou a construção de uma área de lazer na Vila Cristina, no local conhecido como Matadouro Velho. Com um investimento de mais de R$ 555 mil, sendo R$ 375 mil do município e R$ 180 mil divididos por quatro empresas, as obras entrarão em fase final nesta última semana. “Acredito que no máximo em 60 dias as famílias da Vila Cristina já poderão ter acesso a esta área de lazer. No local, foram construídas uma quadra iluminada, parque, quiosque coberto, vestiário e casa para caseiro. Com esta obra, acredito que a qualidade de vida de dezenas de moradores da região melhorará consideravelmente”, afirmou o secretário de Obras e Planejamento Urbano, Marcos Anjos.
Para o estudante Rafael de Paula, 19 anos, a construção do centro esportivo mudará o cotidiano dos jovens da região.
“A gente não tem nenhum lugar decente para jogar bola aqui na Ponte Nova. Meu pai dizia que há muitos anos, os políticos da cidade já tinham prometido fazer uma quadra aqui no Matadouro Velho, mas isso nunca aconteceu. Todo mundo está ansioso para usar essa quadra que tem até arquibancada”, comemorou o estudante.
Já a aposentada Neusa Balbino, 64 anos, acredita que com a área de lazer os jovens do bairro terão uma motivação a mais para não se envolverem com a criminalidade. “Todo mundo sabe que a ociosidade acaba fazendo as crianças a procurarem coisas erradas. Me dava dó ver aquele monte de ‘moleques’ brincando no meio da rua esburacada e nos campos com mato alto. Minha expectativa é que ao invés de usar drogas, esses garotos passem a praticar esporte”.
