Comil fecha contratos de venda, para impedir avanço da crise após demissões

(Foto: Divulgação)
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Da Redação
Lorena

A demissão voluntária de cinquenta funcionários da Comil assustou o cenário industrial, após 13 meses da inauguração da fabricante de ônibus, mas a empresa gaúcha já colocou em prática a estratégia para espantar a crise. Um mês após as demissões, a construtora anunciou o fechamento de negócio com a venda de quase trezentas unidades e garante que segue com ritmo de produção.

Em meio à crise econômica, o cenário industrial da região tenta se manter. As dificuldades levaram grandes empresas do Vale do Paraíba a anunciar suspensão de contratos de trabalho e planos de demissões, como nas montadoras da GM e da Ford. Em Lorena, apenas 13 meses depois da inauguração, a Comil colocou em prática, entre abril e maio o PDV (Programa de Demissão Voluntária), com a dispensa de cinquenta funcionários.

A medida prejudicou a tentativa de bater a meta de contratar até quinhentos funcionários, estipulada durante a inauguração, em dezembro de 2013. Com as demissões voluntárias, a empresa tem hoje 280 empregados.
De acordo com a empresa, o projeto de implantação da Comil em Lorena recebeu um investiu de R$ 110 milhões, para a construção da moderna planta com capacidade de produção de até dez carros/dia. O números seria o suficiente para atender o plano de mobilidade urbana no Brasil.

A desaceleração no processo de produção entre 2014 e 2015 baixou de cinco para três carros/dia, devido a menor demanda. Apesar das baixas expectativas de mercado, a empresa anunciou que fechou novos contratos de encomendas, garantindo fôlego econômico.

“Estamos fazendo um grande esforço junto à área comercial da empresa para manter a planta abastecida, enquanto se aguarda a normalização do mercado para então crescer a produção aos níveis do projeto original, que é de 8 a 10 carros/dia”, destacou o presidente do Conselho de Administração da Comil, Deoclecio Corradi.

A expectativa é para que, com os novos contratos, a construtora consiga retomar o ritmo normal de produção, hoje voltada exclusivamente para a produção dos modelos Svelto e Svelto Midi.

O comunicado destacou o contato na última semana, com o Grupo Evangelista da Bahia, que esteve na unidade de Lorena. O grupo adquiriu mais de duzentos ônibus.

Outro pedido, de 79 carros, foi realizado recentemente pela empresa Plataforma, que já recebeu 22 unidades. Outras empresas adquiriram novos ônibus da linha de produção da Comil, como a Univale de Minas Gerais, com sete unidades, a Jundiá de São Paulo, que comprou 22 ônibus.

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