Câmara engaveta pedido de Elcinho para destituir Longuinho da presidência
Chefe do Legislativo teve apoio unânime na votação que barrou denúncia; relatório reduziu apontamentos de Vieira: “não trouxeram qualquer prejuízo ao interesse público
Da Redação
Lorena
O confronto entre o presidente da Câmara, Fábio Longuinho (PSD) e o vereador de base, Élcio Vieira Junior, o Elcinho (PSB), teve um final de round bem longe do que o governista esperava. A denúncia que pede seu afastamento da mesa diretora, apresentada no início de junho foi arquivada na sessão da última segunda-feira (21), após relatório da comissão que investigada o caso.
O requerimento interno 6/2023 foi levado ao plenário por Elcinho com acusações de que Longuinho teria contrariado o regimento interno da Casa ao alterar os horários das sessões ordinárias. Os encontros semanais dos vereadores têm início marcado oficialmente para às 18h30, com término previsto para às 20h30.
Outra acusação era de que, em 5 de julho, o presidente teria negado colocar em votação o requerimento 4/2023, que contava com as assinaturas. No dia 3 julho, com assinatura de 11 vereadores, outro requerimento também não foi votado.
Mas as denúncias não foram o bastante para o sucesso do pedido de Elcinho. Com Beto Pereira (União Brasil) no lugar de Longuinho, o documento foi lido na sessão pela primeira secretária Wanessa Andrea (Cidadania), apontando improcedência da acusação e sugerindo o arquivamento. “… a simples mudança no horário da sessão, com o comparecimento dos vereadores, suas manifestações e votos, não trouxe qualquer prejuízo ao interesse público”, destacou o texto.
O parlamento aprovou o relatório apresentado por Bruno Camargo (União Brasil) por unanimidade com 14 votos, já que Pereira como presidente, Longuinho (acusado) e Vieira (denunciante) não votaram.
“O relatório foi muito feliz, técnico, pautado na jurisprudência. Todos os projetos de regime especial de urgência não levaram mais que 15 dias para a votação. Se tornaram lei e já estão com os efeitos nas políticas públicas da cidade. Com relação ao horário, em nenhum momento isso foi questionado pelos parlamentares que estiveram nas sessões, sendo que foram feitas com 48 horas de antecedência. Não tinha questão técnica, mas sim, uma ação política”, comentou Longuinho.