Câmara de Lorena barra Zona Azul

Projeto do Executivo foi rejeitado por 9 votos a 8; proposta só pode voltar ao plenário para votação em 2018

A rua Padre João Renaudin próxima a Prefeitura de Lorena, que enfrenta trânsito intenso em horários de pico; projeto barrado na Câmara tentou organizar trânsito na cidade (Foto: Arquivo Atos)
A rua Padre João Renaudin próxima a Prefeitura de Lorena, que enfrenta trânsito intenso em horários de pico; projeto barrado na Câmara tentou organizar trânsito na cidade (Foto: Arquivo Atos)

Lucas Barbosa
Lorena

Em sessão polêmica, a Câmara de Lorena rejeitou, na última segunda-feira, o projeto do Executivo que buscava a implantação do sistema de Zona Azul na região central do município. Após a decisão, a proposta de estacionamento rotativo só poderá ser discutida novamente no ano que vem.

Buscando uma alternativa para amenizar a dificuldade dos motoristas e motociclistas em estacionarem no Centro, desde o início do ano a secretaria de Trânsito e Transportes trabalha na elaboração de um projeto para a introdução da Zona Azul. A pasta chegou a realizar uma visita técnica, no início do mês, a São Roque-SP, onde acompanhou o funcionamento do sistema rotativo de vagas adotado pela cidade, que conta com parquímetros eletrônicos.

Mesmo a justificativa do projeto apontando a necessidade de promover mudanças no sistema de vagas do Centro de Lorena, a proposta acabou não convencendo a maioria dos parlamentares.

Na primeira parte da votação, o placar ficou empatado em 8 a 8. Votaram de forma contrária ao projeto os vereadores Maurinho Fradique (PTB), Valdir da Funerária (PRB), Lúcia da Saúde (PP), Samuel de Melo (PTB), Elcinho Vieira (PV), Pedro da Vila Brito (PTB), Fábio Longuinho (PSC) e Alfredo Investigador (PV). Em contrapartida foram favoráveis: Fábio Matos (PCdoB), Beto Pereira (DEM), Washington da Saúde (PPS), Bruno Camargo (PMDB), Wandinho (PSDB), Luizão (PSDB), Bruninho (PPS) e Cleber Maravilha (PRB).

Com o empate, coube o voto de minerva ao presidente da Câmara, Waldemilson da Silva, o Tão (PR), que votou de forma contrária a proposta.

Após a confirmação da rejeição do projeto, o secretário de Trânsito e Transportes, Marcos Ramos, o Marquinhos Colchoaria Ramos, lamentou a decisão dos parlamentares. “Fiquei muito triste com esse resultado, pois também sou comerciante e diariamente testemunho a dificuldade que os motoristas enfrentam para tentar achar uma vaga no Centro. Teve vereador que justificou o voto contrário falando que fez pesquisa pelo comércio, mas não acredito nisso”.

Além da rotatividade das vagas, o chefe da pasta apontou outros benefícios que seriam gerados com a implantação da Zona Azul. “Os estacionamentos particulares teriam que reduzir sua taxa de cobrança porque ganhariam a concorrência da Zona Azul. Outro ponto interessante é que seriam gerados alguns empregos diretos, já que a empresa responsável pelos parquímetros necessitaria de agentes. Respeitamos, mas lamentamos a decisão da Câmara”, finalizou Marquinhos.

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