Vereadora vota contra próprio projeto e derruba antecipação de eleição em Guará
Tia Cleusa é uma das autoras de proposta na Casa, mas mudou decisão após pedido de partido
Guaratinguetá
Para ser aprovada, eram necessários oito votos a favor.Para que a eleição da mesa diretora fosse antecipada para a próxima semana, era essencial alterar a Lei Orgânica. Por se tratar de uma proposta de emenda à Lei Orgânica, eram obrigatórios dois turnos de votações, dentro de um intervalo de dez dias, entre as votações. Na primeira sessão, a pauta foi aprovada por 8 votos a 3.Com assinatura de 8 dos 11 vereadores, a aprovação já era dada como certa. Todas as bancadas da atual legislatura ratificaram o documento, mas na última terça-feira, a vereadora alterou o rumo do projeto, que acabou rejeitado.
Questionada sobre o que a levou a mudar de ideia, a parlamentar revelou que seguiu recomendações do partido, que pediu o voto contrário, além do “apelo de populares”. “Tinha assinado o projeto, mas o povo pediu para que votasse contra. Eles não queriam que eu fosse a favor de adiantar essa eleição. E também a pedido do nosso partido (MDB), foi que eu votei não”, afirmou a vereadora.
Indagada sobre o motivo de ter sido autora da proposta, Tia Cleusa respondeu que assinou “a pedido do presidente”. A favor da proposta votaram os vereadores Marcelo Coutinho, Celão (PSD), Marcelo da Santa Casa (PSD), Marcos Evangelista (PSDB), Márcio Almeida (PPS), Pedro Sannini (PTB), Luizão (PR) e Dr. Werneck (PSB), suplente de João Pita, do mesmo partido, que está de licença.
Os votos contrários foram de Nei Carteiro, Fabrício Dias ‘da Aeronáutica’, Cleber Campos, suplente de Décio Pereira, e da própria Tia Cleusa, todos do MDB.
Como fica? – Aprovada na primeira votação e rejeitada na segunda, de acordo com informações documentais da Câmara, a proposta foi arquivada.
A eleição da mesa diretora deve seguir seu curso natural e será realizada apenas no fim do ano. Os vereadores eleitos vão compor o segundo biênio da atual legislatura. O departamento jurídico da Câmara vai analisar se a discussão terá continuidade.