Suspensão no plano de saúde para produção da Danone em Guará
Fábrica não apresenta propostas aos trabalhadores que mantêm greve
Da Redação
Guaratinguetá
Os trabalhadores de uma empresa de alimentos de Guaratinguetá entraram em greve na última quinta-feira. A produção da unidade, que fica no bairro Vila Rosa, foi interrompida na totalidade. Parte dos empregados, de vários turnos, protestou na porta da unidade.
Eles usaram cartazes e um carro de som, tentando chamar a atenção dos responsáveis da fábrica. A manifestação teve o apoio do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria de Alimentação de Guaratinguetá e Região.
Os colaboradores pedem o retorno dos planos de saúde e odontológico, cortados no início do ano. O impasse dura alguns meses e o Sindicato alega que já procurou a gerência da indústria, mas não obteve sucesso nas negociações. “Já notificamos a empresa por diversas vezes, e eles sempre prometem algumas coisas, e solicitam novos prazos. Além de tudo isso, quando o trabalhador vai usar o plano é informado que não tem mais direito ao serviço. A empresa diz que não tem mais o que fazer e pede para os colaboradores pagarem, com o próprio dinheiro, os procedimentos médicos”, contou o presidente do Sindicato, Aylson da Silva Belarmino.
Segundo Aylson, o descaso com os funcionários acontece já há algum tempo e os colaboradores não conseguem identificar quem são os responsáveis pela unidade. “Na carteira de trabalho temos o registro como Companhia de Alimentos Glória, mas eles alegam que quem administra a gente é outra empresa. Só que produzimos produtos da Danone. Os trabalhadores ficam com a dúvida: quem é o responsável, já que ninguém apresenta qualquer tipo de documento”, detalhou.
Após a demissão de parte dos funcionários, a empresa optou pela contratação de colaboradores terceirizados, que segundo o Sindicato, ficam impedidos de receberem os benefícios aprovados na convenção coletiva da categoria (adicional noturno e hora-extra). A planta de Guará tem 160 operários, após o encerramento do setor de laticínios da unidade. “Eles mandaram embora parte dos trabalhadores e demoraram a fazer a homologação das demissões. Com muito custo conseguimos que eles efetuassem os pagamentos”, finalizou.
Até o fechamento desta edição a greve foi mantida e a Danone não havia apresentado proposta ao Sindicato.
Outro lado – Ninguém da empresa responsável pela fábrica foi encontrado pelo Jornal Atos.