Servidores rejeitam paralisação, mas fazem contraproposta para Prefeitura de Guará
Depois de garantir 4% de reajuste, funcionários municipais querem aumento do vale alimentação, redução do desconto em folha de pagamento e acerto para professores
Leandro Oliveira
Guaratinguetá
Cerca de 150 servidores municipais de Guaratinguetá participaram de uma assembleia, realizada pelo sindicato da categoria, na última terça-feira. Na pauta do encontro estava a lista de propostas encaminhadas pela Prefeitura, sobre o reajuste salarial, valores do vale alimentação e desconto em folha. Uma contraproposta foi elaborada e encaminhada ao Executivo. Se não houver acordo, existe a possibilidade de paralisação em abril.
A categoria reivindica reposição inflacionária sobre o salário de 4%, que já foi assinalada de forma positiva pelo Executivo, o aumento de R$ 300 para R$ 400 do vale alimentação e diminuição na faixa de descontos em folha. “Na assembleia ficou deliberado que a faixa de desconto deve ser de no máximo 20%. A proposta da Prefeitura é de 35%”, contou o presidente do Sisemug, José Eduardo Ayres.
Outro pedido feito pelo sindicato é a ampliação da faixa de isenção de desconto em folha para os servidores que recebem até R$ 1.833. A proposta do Sindicato é de que servidores que recebem até R$ 2 mil não sofram descontos dos seus pagamentos. Essa sugestão também foi enviada ao Executivo.
Durante a assembleia, um grupo de profissionais da educação pediu que os professores também fossem incluídos no bloco de servidores contemplados com o reajuste salarial. “A Prefeitura alega que em janeiro eles tiveram o aumento do piso nacional. Mas isso não tem nada a ver com o discurso do acordo coletivo. Antes de ser professor, ele é servidor municipal”, explicou Ayres.
O Sisemug pede a reposição inflacionária da categoria, bem como a inclusão dos monitores de creche. As reivindicações serão encaminhadas à Prefeitura, e no próximo dia 11 os servidores farão uma nova assembleia para deliberar os demais encaminhamentos mediante a resposta do Executivo.
Procurada pela reportagem do Jornal Atos, a Prefeitura de Guaratinguetá revelou que não havia recebido as reivindicações dos servidores até o fechamento desta edição.