Revogação de licitação para gestora do Pronto Socorro é questionada em Guará

Pauta vira debate após apontamentos de oposicionista na Câmara; Prefeitura justifica cancelamento em razão de novo certame para UPA

O Pronto Socorro de Guará, que teve processo licitatório cancelado; ação administrativa gera embate entre parlamentares (Foto: Marcelo A. dos Santos)

Leandro Oliveira
Guaratinguetá

O cancelamento da licitação para contratar em caráter emergencial uma nova administradora para o Pronto Socorro de Guaratinguetá levou a um novo embate com parlamentares. A empresa contratada faria a administração por seis meses, até que fosse inaugurada a UPA (Unidade de Pronto Atendimento), que vai concentrar os atendimentos de urgência e emergência.

A Prefeitura informou que a licitação foi cancelada para que seja realizado um novo certame para gestão da UPA e que o contrato será algo “permanente”. Como a licitação anterior era provisório, já que o contrato seria em caráter emergencial, o Executivo informou que está preparando para entregar a UPA e priorizou o certame do novo ponto de atendimentos.

Na Câmara, a pauta pegou os vereadores de surpresa. Marcelo da Santa Casa (PSD), que é presidente da Comissão de Saúde, informou que nenhum vereador havia sido informado da revogação do certame.

Para o parlamentar, é preocupante a situação do atendimento emergencial e que ficou uma lacuna no debate pela ausência dos representantes da secretaria de Saúde e do Hospital Frei Galvão (atual administrador do Pronto Socorro) que foram convidados para uma sessão especial e não puderam participar por agenda com o Ministério Público.
“Evidentemente que esse tema não morre aqui. Tem que voltar para a Casa de Leis. É uma discussão importante e carece ainda, pois o atendimento voltou e as reclamações também voltaram”, relatou o vereador, em entrevista durante a sessão da última terça-feira (5).

Ele garantiu que nenhum tema ligado à revogação do certame foi levado para a Câmara e um ofício, solicitando respostas, deve ser encaminhado ao Executivo. “Eu acho que houve uma omissão de informações por parte da Prefeitura, da secretaria de Saúde, porque, automaticamente, deveria ter nos comunicado sobre qualquer parecer a respeito disso”, concluiu.

Com a revogação, o Hospital Frei Galvão segue administrando o Pronto Socorro de Guaratinguetá. Não há previsão para inauguração da UPA. A unidade terá dois certames licitatórios: um para gestão e outro para retaguarda hospitalar.

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