Guaratinguetá negocia instalação de campus de medicina com grupo educacional
Yasumura confirma negociações com Grupo Suprema, que tem unidades em Juiz de Fora e São José dos Campos
Leandro Oliveira
Guaratinguetá
Guaratinguetá negocia oficialmente a instalação de um campus universitário de medicina. As tratativas do Município ampliam a discussão para que a cidade receba um curso de formação acadêmica, após as negociações com a Unitau (Universidade de Taubaté) não terem avançado. O Grupo Suprema é alvo de interesse do município, que busca uma parceria.
O vice-prefeito Régis Yasumura (PL) destacou que o momento que a cidade tem passado, com investimentos em estrutura rodoviária, privatização do aeroporto Edu Chaves e expectativa para instalação do controle do tráfego aéreo do Sudeste, eleva os interesses de universidades. “Guaratinguetá vive um cenário muito propício para grandes investimentos e também, esses investimentos estão sendo feitos na área de educação”, destacou, em entrevista concedida ao Jornal Atos.
Segundo Yasumura, as tratativas com a Unitau não avançaram como o município gostaria e a negociação esfriou. “Um grande grupo procurou a cidade, o Grupo Suprema, que é conhecido em Juiz de Fora, em São José dos Campos, eles têm a Universidade Humanitas”, informou o vice-prefeito.
As negociações são feitas entre os gabinetes do prefeito, Marcus Soliva (PSC), de Régis Yasumura e das secretarias de Governo, com João Vaz, e Indústria, Comércio e Gestão de Convênios, com Rodrigo Muassab. Porém, a instalação da universidade no município precisa de regras que devem ser seguidas criteriosamente. “Uma delas (regras), e a mais difícil, é ter seis leitos de enfermaria para cada aluno de medicina. Hoje, Guaratinguetá tem seiscentos leitos em todos os hospitais, o que propicia a cidade ter a primeira turma com até cem alunos para esse primeiro vestibular”, revelou.
Segundo o Executivo, foram feitas reuniões com o grupo interessado e está programada uma visita à universidade, no campus de Juiz de Fora-MG. O Município busca empresários na cidade que tenham lotes e possam fazer a cessão de terreno para construção da unidade de ensino. A Prefeitura não respondeu se a universidade poderá se instalar em algum prédio ou edificação já existente.