Em marco para o turismo do Vale da Fé, Aeroporto de Guaratinguetá realiza voo inaugural

Aeronave do grupo Azul Conecta decolou em Jundiaí e pousou no município por volta do 12h30 desta terça-feira; Soliva e Rede Voa projetam crescimento para os próximos anos

O prefeito Marcus Soliva e o presidente da Rede VOA, Marcel Moure, comemoram voo inaugural de Guará (Foto: Fabiana Cugolo)

Fabiana Cugolo
Guaratinguetá

A terça-feira (25) ficará marcada em Guaratinguetá por muitos anos. O dia será lembrado pelo voo inaugural do novo Aeroporto do Vale da Fé. O pouso comemorativo (agendado para o Dia de Frei Galvão) é o primeiro recebido no local após a privatização junto à empresa Rede Voa.

A aeronave do modelo Caravan, com capacidade para nove ocupantes, da empresa área Azul Conecta, foi a utilizada para a viagem. O avião partiu de um dos aeroportos gerenciados pela VOA, em Jundiaí, também no interior de São Paulo, e pousou em Guaratinguetá. O primeiro voo teve como passageiros o prefeito Marcus Soliva (PSC), a primeira-dama Andréa Évora Soliva, o vice-prefeito, Régis Yasumura (PL), o presidente da Rede VOA, Marcel Moure, o gerente comercial da Azul Conecta, Cesar Merigo, o representante do Governo do Estado, Luís Sobrinho, o fundador da Fazenda da Esperança, Frei Hans, o representante do Santuário de Frei Galvão, Frei Alexandre Rohling e o arcebispo de Aparecida, Dom Orlando Brandes.

O voo chegou em Guaratinguetá por volta de 12h30. Após o pouso, membros da comitiva que estava na aeronave concederam entrevista à imprensa no local. O presidente da VOA destacou que a data marcou o início da transformação do aeroporto do Vale da Fé em um aeroporto de voos comerciais. “A partir desse momento, nós teremos condições de receber nesse aeroporto até quatro aeronaves tipo Grand Caravan e duas aeronaves ATR.  Estamos investindo R$ 1,2 milhão dos R$ 10 milhões necessários que a Rede VOA está fazendo, para poder otimizar esse pátio e, logicamente, construir um terminal de passageiros, que é a grande demanda”, frisou.

Ainda durante a entrevista coletiva, Moure explicou os próximos passos em relação ao funcionamento do aeroporto. Segundo o presidente da Rede VOA, o mês de novembro deve contar com um encontro entre agências e operadoras de turismo para ser realizada e definida a conectividade.

Já em relação ao terminal de passageiros, o terminal de Guaratinguetá será o primeiro sustentável, dos 16 aeroportos gerenciados pela VOA, e a expectativa da empresa para a conclusão deste espaço é de 180 dias, prazo que começa a ser contado a partir deste dia 25.

De acordo com informação da VOA, enquanto a implantação do terminal segue em andamento, o hangar do aeroporto já está adaptado para receber passageiros, com banheiros e com capacidade para receber aeronaves de até nove passageiros.

O prefeito destacou que o principal objetivo do aeroporto é o de aumentar a permanência do turista na região. “A partir de agora, o envolvimento das operadoras de turismo, das agências, daquelas que têm os projetos dos pacotes turísticos começam a ser acionados. A partir desse momento, a gente dá o início das operações e dessas parcerias com as agências, para mudar esse foco e trazer o viés turístico via aérea, que aumenta muito o ticket médio pra nossa cidade e pra nossa região, as pessoas têm a oportunidade de ficar mais tempo aqui”, salientou Soliva.

A expectativa da Rede VOA é de 100% da operação esteja pronta no final do primeiro semestre de 2023. A empresa parceira do primeiro voo, a Azul Conecta, já é a primeira a demostrar interesse em realizar voos no Aeroporto de Guaratinguetá.

Projeto – O Aeroporto Edu Chave, foi leiloado em julho de 2021, na Bolsa de Valores de São Paulo. O espaço faz parte do bloco sudeste, composto por outros dez aeroportos do interior paulista que foram arrematados por R$ 14,7 milhões, com o prazo de concessão de trinta anos.

O Consórcio NW e Voa SE vai administrar, além de Guaratinguetá, os aeroportos de Ribeirão Preto, Bauru-Arealva, Marília, Araraquara, São Carlos, Sorocaba, Franca, Avaré-Arandu, Registro e São Manuel.

De acordo com o Estado, a expectativa é de que R$ 266,5 milhões sejam investidos em todo o bloco ao longo do contrato, com foco em ampliação de capacidade, melhoria da operação e adequação à regulação. Nos primeiros quatro anos, a previsão é de os investimentos cheguem a R$ 75,5 milhões.

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