Com baixa adesão, Estado prorroga vacinação contra febre amarela
Leandro Oliveira
Da Região
O veterinário que fez a necropsia no macaco suspeita que o animal tenha sido atropelado, assim como o primeiro encontrado neste ano. A secretária de Saúde de Cunha, Bianca Andrade, garantiu que não haviam hematomas e escoriações no primata e, por isso, ele foi encaminhado ao laboratório Adolf Lutz. “Foi colhido o material necessário e enviado para análise. Suspeita-se de vítima de atropelamento. É uma suspeita. No primeiro caso foi confirmado o atropelamento. Ele (macaco) não estava machucado, mas na necropsia haviam sinais de possível atropelamento”.
Outros dois macacos foram encontrados mortos na última semana na região. Em Guaratinguetá, o animal não tinha ferimentos ou hematomas pelo corpo e foi encaminhado para análise. O resultado deve sair nas próximas duas semanas. Já em Roseira, as patas do macaco tinham sinais de queimadura, o que pode indicar que ele morreu devido a um choque elétrico, já que foi achado próximo a um poste de energia.
Em toda a região, apenas 47,6% da população se vacinou contra a febre amarela, segundo a secretaria de Saúde do Estado de São Paulo. A baixa adesão preocupa especialistas e o próprio setor estadual, que já prorrogou a campanha duas vezes.
Pindamonhangaba vacinou apenas 33 mil pessoas das 138 mil que precisam receber a imunização. Já Guaratinguetá imunizou quase 28 mil pessoas, o que representa apenas 29,1% do público alvo. Em Cunha, onde foram encontrados dois macacos mortos em 2018, 50% da população foi vacinada.
A campanha vacinou até o final de fevereiro, 18.020 pessoas em Lorena, sendo 710 doses padrão e 17.310 doses fracionadas de acordo com informações da Vigilância Epidemiológica.