Com 1.500 empregos, nova fábrica da AGC aquece economia de Guaratinguetá

Cidade perdeu 120 vagas em fevereiro, e aguarda planta que deve elevar produção em 140%

Máquina em atividade no processo de produção da AGC; crescimento da fabricante multinacional é marca da luta da indústria contra a crise (Arquivo Atos)
Máquina em atividade no processo de produção da AGC; crescimento da fabricante multinacional é marca da luta da indústria contra a crise (Arquivo Atos)

Leandro Oliveira
Guaratinguetá

O anuncio da construção da segunda fábrica da AGC (Asahi Glass Company) em Guaratinguetá deu uma injeção de ânimo na economia da cidade. A fabricante de vidros revelou nesta semana que vai investir R$ 750 milhões na nova planta, que será anexada à fábrica operante, próximo à rodovia Presidente Dutra, na Vila Bela. A expectativa é de que a nova unidade gere mil empregos para a construção e outros quinhentos para quando entrar em operação.
A notícia de que a nova planta da AGC também ficará em Guará aumentou a expectativa de quem busca uma oportunidade de ingressar ou voltar ao mercado de trabalho. O número de postos de trabalho que devem ser gerados (direta e indiretamente) é o mesmo que a multinacional japonesa emprega atualmente.
“Essa ampliação vai gerar mais de quinhentas empregos indiretos e outros duzentos diretos”, contou o presidente nacional da empresa, Davide Cappellino.
A expectativa da abertura de postos pode ser o respiro da cidade para reverter os números na geração de empregos. Guaratinguetá fechou fevereiro com um saldo negativo de 120 postos na indústria da transformação, de acordo com o Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados). Nos últimos 12 meses, a cidade perdeu 575 empregos a mais do que gerou.
Cinco anos após ser instalada, a AGC anunciou a ampliação de sua primeira planta em solo brasileiro. De acordo com o presidente global de produtos para construção civil, Jean François Heris, esse é o momento ideal para investir. “Nossa decisão está em linha com a de cinco anos atrás, quando entramos no mercado brasileiro. Estamos felizes com nosso investimento, apesar da situação atual”.
A forte queda na venda de vidros para a indústria automotiva (30% somente no primeiro semestre de 2015) fez com que a direção da multinacional traçasse um novo plano para um mercado paralelo. A nova unidade vai produzir vidros para construção civil. “A AGC é racional e toma suas decisões baseadas em fatos, inteligência de mercado e em linha com sua estratégia. Nós temos foco no futuro”, contou o presidente global.
Atualmente, a AGC opera com capacidade de fabricação de seiscentas toneladas por dia e atende os setores automotivo, da construção civil e de decoração. São fabricados espelhos, vidros pintados e itens para decoração.
Com a instalação da nova fábrica, essa capacidade será ampliada para 1.450 toneladas, o que vai gerar um crescimento de 140% na fabricação.
O material produzido em Guaratinguetá é exportado para a Colômbia, Uruguai, Paraguai e Bolívia. O valor de investimento na primeira planta foi de R$ 1 bilhão.
Com foco no mercado doméstico, a segunda unidade concentrará a produção de vidros planos para infraestrutura, residenciais e escritórios. De acordo com Cappellino, a empresa quer “consolidar o Brasil como base industrial na América do Sul”.

3 comentários em “Com 1.500 empregos, nova fábrica da AGC aquece economia de Guaratinguetá

  • 20 de julho de 2017 em 19:23
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    como faço para enviar um curriculo para esta empresa pois gostaria de fazer parte deste time que cresce dia a dia

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  • 5 de abril de 2018 em 16:10
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    Sou operador de empilhadeira e pá carregadeira, necessito urgente de um emprego,no momento desempregado.

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  • 23 de maio de 2018 em 16:31
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    Como faço pra mim trabalha nesta empresa estou desempregado admiro muito essa empresa trabalho com óperador de produção e máquinas também.

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