Roseira recebe famílias para cadastro no CDHU
Entrega, que acumula seis anos, prioriza registrados em 2008
Da Redação
Roseira
A longa espera para quem se inscreveu no conjunto habitacional em Roseira deve acabar nos próximos meses. Nesta terça-feira, a CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano) dá início ao cadastramento dos interessados em receber as casas, com prioridade para quem já se cadastrou, na fase pré-problemas judiciais do conjunto.
A entrega das 65 unidades do programa estadual foi adiada por nove anos. Em 2008, mais de 700 famílias procuraram o órgão para a inscrição das casas, que deveriam ser entregues em 2009.
De acordo com o coordenador regional da CDHU, Francisco Assis Vieira, o Chesco, o cadastramento será iniciado com essas famílias na próxima terça-feira. “Começaremos no dia 16 com um pré-cadastro atendendo quem já havia feito o cadastro em 2008. Essas pessoas, que já se cadastraram e que seguem em busca da casa própria, podem ficar tranquilas. Basta comparecer ao local com o RG que terá a unidade assegurada. Se não aparecer no dia, será considerada desistência”.
Já na quarta-feira, o serviço será aberto para pessoas que não se cadastraram em 2008. Será preciso apresentar documentos como RG, CPF e certificados de moradia e renda. O atendido será feito das 9h às 17h. “Tanto a CDHU quanto a Prefeitura serão rigorosos com relação à situação das famílias beneficiadas, tudo para evitar o abuso de quem não é da cidade, não precisa da casa e de quem tenta pegar a casa para negociá-la. Queremos que as famílias atendidas sejam da cidade, para ajudarmos o município a reduzir o déficit de moradia”, contou Chesco, que lembrou que o cadastro pode ser feito por famílias com renda de um a dez salários mínimos, mas que a prioridade é para quem tem renda de até três salários.
O novo cadastramento foi motivado pela demora em retomar a obra. Para a Prefeitura de Roseira, os sete anos desde o primeiro cadastramento foram tempos suficientes para que boa parte dos beneficiados tenham as condições alteradas. “Por isso é necessária uma revisão no cadastro dos atendidos, já que alguns podem ter mudado de cidade e até conseguido de outra forma a casa própria”, lembrou o coordenador do CDHU.
Embargada pela Justiça e alvo de denúncia do Ministério do Trabalho, que apontou irregularidades nas condições de trabalho, a obra encontrou problemas também com as empresas. A construção passou por várias alterações. No governo de Marcos Galvão (PSDB) foram três empresas que chegaram a assumir a obra, mas deixaram o trabalho por dificuldades financeiras e estruturais.
Já no mandato de Polydoro, o atraso foi motivado por conta de modificações na proposta inicial. “O prefeito assumiu e pediu para que o projeto sustentável fosse modificado, quanto ao sistema e ao material utilizado”, contou Chesco.
As casas contam com três dormitórios e 66m² de área construída. A expectativa é que o conjunto habitacional seja entregue até setembro. A obra está na fase final, com a pavimentação.
Novos atendimentos – Na região, outras cidades estão prestes a receber conjuntos da CDHU. Em Lorena, o bairro Vila Rica receberá oitenta novas unidades. A entrega tem expectativa para até dezembro.
O órgão deve entregar ainda, 150 casas em Cachoeira Paulista, 62 em Cunha e setenta em Guaratinguetá, que encontra dificuldades com documentos que prejudicam o andamento das obras, no residencial Santa Luzia. Ainda há previsão para um novo conjunto em Canas.
“A secretaria de Habitação do Estado nos pede um contato direto com os prefeitos para decidirmos áreas e parcerias. Eles querem agilizar devido à situação de parte das cidades. Na verdade, todos os municípios têm hoje déficit de moradia”, revelou Chesco.