Mãe e padrasto são condenados pelo assassinato de criança de três anos em Cruzeiro
Crime, no bairro Vila Brasil, chocou a região no início de 2019; casal enterrou corpo do menino em um matagal

Lucas Barbosa
Cruzeiro
Mais de dois anos após um crime que chocou a população de Cruzeiro, a Justiça condenou na última quarta-feira (24) a mãe e o padrasto do pequeno João Pedro Ribeiro pelo assassinato do menino, que tinha apenas três anos. Morta por espancamento, a criança teve o corpo enterrado em um matagal no início de 2019.
Levado a júri popular, o casal Taís Aparecida Albano e Mauro Gleydson Lima Aguiar foi condenado pelos crimes de ocultação de cadáver e por homicídio triplamente qualificado, já que foi praticado de forma cruel, por motivo fútil e contra um menor de 14 anos. Enquanto a mãe foi sentenciada a 42 anos de prisão, a pena do padrasto, que já possuía antecedentes criminais, atingiu 53 anos e 4 meses.
A notícia sobre a condenação do casal foi comemorada por moradores de Cruzeiro nas redes sociais, já que o crime causou grande comoção na cidade no ano retrasado.
A investigação da Polícia Civil de Cruzeiro concluiu que João Pedro morreu em 18 de janeiro de 2019, após ser cruelmente espancado na casa em que vivia com a família no bairro Vila Brasil. Os exames realizados no IML (Instituto Médico Legal) constataram que a vítima possuía diversas fraturas e ferimentos no rosto, braços e pernas.
Após assassinar a criança, o casal enterrou o corpo em um matagal na avenida Florindo Ântico, no bairro KM 4.
Ao entrar em contato com Taís no dia do crime, o pai de João Pedro foi informado que ele havia desaparecido. Desesperado, o homem iniciou uma campanha nas redes sociais em busca de informações sobre o paradeiro do filho.
Desconfiados da postura da mãe e do padrasto em não registrar um boletim de ocorrência sobre o sumiço do menino, policiais civis foram até a casa da família em 19 de janeiro. Após demonstrar nervosismo com a presença dos policiais, o casal foi encaminhado ao 2° Distrito Policial de Cruzeiro. Durante o interrogatório, os suspeitos confessaram que haviam enterrado o corpo no matagal. Apesar de alegar que a criança, que supostamente estava com virose, morreu de forma repentina, Taís revelou que horas antes havia dado “algumas palmadas” nela.
Após confessarem a ocultação de cadáver à Polícia Civil, a mãe e o padrasto foram presos, permanecendo à disposição da Justiça até a conclusão da investigação do caso e posteriormente do julgamento.