Câmara derruba veto e aumento salarial com emendas é sancionado em Cruzeiro
Mesmo contrariado, prefeito sanciona 7,5% em reajuste, mas acredita que pode ter problemas
Da Redação
Cruzeiro
Após quase um mês da votação sobre o reajuste no salário dos servidores de Cruzeiro, a novela só teve seu capítulo final na última sexta-feira. Os vereadores barraram o veto do prefeito Rafic Simão (PMDB), sobre uma emenda no projeto que definiu o índice de 7,5% nos valores.
O projeto foi a votação em junho, após decisão judicial que estipulou a porcentagem. Os 7,5% receberam aprovação unânime, com uma emenda, do vereador Marco Aurélio Sequeira (PR), que estabeleceu que “nenhum salário-base dos servidores será menor que o salário mínimo nacional vigente”.
A emenda foi vetada pelo prefeito. Mas o veto acabou derrubado em nova votação unânime (apenas Juarez Juvêncio, do PSB, não compareceu) nesta sexta-feira, mantendo o item, que passa a valer a partir de agosto.

De acordo com Rafic, o veto tentava impedir problemas com os gastos. “Se aplicarmos ‘no escuro’, pode trazer consequências, pois estaríamos gerando receitas. O salário-base pode ser menor, mas existem outros ganhos, como gratificações e horas extras, que fazem com que ninguém ganhe menos que o mínimo na Prefeitura”.
O prefeito garantiu ainda que a emenda foi feita sem um estudo de impacto financeiro, o que será feito agora. “Vamos agora fazer os estudos para poder aplicar e para não termos problemas em cumprir. Mas o fato é que o veto não foi contra o fato de o funcionário mais ou menos, mas sim por responsabilidade, pois não tínhamos o impacto que isso trará aos cofres”.
Mesmo contrariado, Rafic sancionou a lei na última segunda-feira. O reajuste de 7,5% é retroativo a fevereiro.
Novela – A discussão em torno do reajuste no salário dos servidores chegou a deflagrar uma greve municipal em maio e passou por três valores. A primeira proposta do Executivo foi de 6,4%, elevada a 7,3% após debate com o Sindicato dos Servidores, o que não convenceu os sindicalistas, que cobraram 11,54%.
Após a greve, ações judiciais acabaram com a definição em 7,5%, aprovado na Câmara, sendo que 2% incidirão com retroatividade a partir de fevereiro, 3% a partir de maio e 2,5% a partir de setembro. O vale-alimentação passará a ser de R$ 215, incidindo a partir de julho.
