Infestação de caramujos africanos preocupa moradores em dois bairros de Cachoeira
Famílias do Jardim Europa I e Jardim da Fonte cobram providências da Prefeitura; escola municipal está infestada
Lucas Barbosa
Cachoeira Paulista
Cansados de conviverem com os transtornos causados por uma infestação de caramujos africanos, transmissor da meningite eosinofilica, famílias de dois bairros de Cachoeira Paulista cobram uma solução por parte da Prefeitura. Os moradores denunciaram que até mesmo uma escola infantil está infestada pela praga no Jardim Europa I.
Morador do Jardim Europa I há 12 anos, o aposentado Paulo Roberto dos Santos, 62 anos, revelou que há pouco mais de dois meses foi obrigado a alterar a rotina de limpeza de sua casa, devido a infestação de caramujos africanos. “Tem dia que eu recolho uma pá cheia de caramujo. O cachorro da minha filha chegou a ficar doente depois de comer um monte deles no quintal. Tive que colocar pedaços de pano embaixo das portas da frente e do jardim para evitar que esse praga comece a entrar dentro de casa”.
Santos criticou a falta de providencias por parte da Prefeitura e revelou estar preocupado com a saúde das crianças do bairro, principalmente as que estudam na escola municipal Yvonne Cipolli Ribeiro. “A gente fica indignado porque o prefeito (João Luiz Ramos, PSB) não manda ninguém vir aqui jogar veneno pra acabar com essa praga. A filha da minha empregada estuda aqui na Yvonne e quase todo dia as crianças acham caramujos africanos no meio da grama. Os pais dos alunos já usaram a internet pra reclamar, mas até hoje nada”.
Não são somente as famílias do Jardim Europa I que vem reclamando da proliferação da praga. Segundo a farmacêutica, Natália Rocha, 34 anos, o molusco perturba o cotidiano dos moradores do Jardim da Fonte. “A gente fica preocupado porque todo mundo sabe que o caramujo africano é transmissor de doenças. Já ligamos várias vezes para a Prefeitura, mas eles mandam somente cortar a grama de uns terrenos e não jogam veneno nenhum. A cidade está abandonada infelizmente”.
O Jornal Atos solicitou um posicionamento da Prefeitura sobre o caso, mas até o fechamento desta edição nenhuma resposta foi encaminhada.