Funcionários da saúde de Cachoeira recebem última parcela de salários atrasados

Dívida de R$ 1,2 milhão foi parcelada em quatro pagamentos; Sindicato da categoria confirma novo problema com rescisões

Funcionárias da Santa Casa de Cachoeira durante um dos vários protestos por salários atrasados (Foto: Arquivo Atos)
Funcionárias da Santa Casa de Cachoeira durante um dos vários protestos por salários atrasados (Foto: Arquivo Atos)

Lucas Barbosa
Cachoeira Paulista

Os funcionários municipais da saúde de Cachoeira Paulista receberam, na última quinta-feira, o pagamento que dá fim às parcelas dos salários atrasados. Com isso, a Prefeitura cumpriu o plano de pagamento proposto em janeiro deste ano.

Segundo nota do Executivo, o valor da dívida girava em torno de R$ 1,2 milhão, dividido em quatro pagamentos para todo dia 30 de cada mês. O valor é referente aos salários de novembro, dezembro e 13º de 2016.

O último ano foi marcado paralisação no atendimento na Santa Casa e em postos de saúde. A greve iniciada em agosto durou pouco mais de dois meses, reivindicando os direitos de recebimento de salários atrasados e de outros direitos e benefícios como FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço) e cestas básicas.

No início de novembro do ano passado, o TRT (Tribunal Regional do Trabalho) determinou que a Prefeitura pagasse os salários em atraso até o fim daquele mês. A gestão da época, chefiada por João Luiz Ramos (PSD), não cumpriu a medida judicial, deixando o débito para a atual administração.

Mais problemas – O diretor do Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Serviços de Saúde de São José dos Campos e Região, Martinho Luiz dos Santos, afirmou que agora o órgão enfrenta outro impasse juntamente aos trabalhadores.

Segundo Martinho, após o término do período de estabilidade, funcionários Santa Casa foram demitidos e não receberam rescisão. O número de funcionários dispensados não foi informado.

O Sindicato orienta os funcionários a tomarem as devidas medidas judiciais. “Eles não guardaram dinheiro, não planejaram pagar a rescisão. Estamos acompanhando os trabalhadores na Justiça. Só espero que não contratem ninguém, porque se não tem dinheiro para pagar quem saiu, não deveriam ter para quem fosse entrar”, refutou o diretor.

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