Demitidos cobram direitos trabalhistas da saúde de Cachoeira

Funcionários ligados à Santa Casa foram desligados após determinação do Ministério Público; nem mesmo 13º foi depositado

Da Redação
Cachoeira Paulista

Funcionários de vários setores da Prefeitura, durante paralisação ocorrida no último ano, por atraso no pagamento dos salários (Arquivo Atos)
Funcionários de vários setores da Prefeitura, durante paralisação ocorrida no último ano, por atraso no pagamento dos salários (Arquivo Atos)

Mais de trinta agentes de saúde demitidos no fim do ano passado estão até hoje aguardando o pagamento da rescisão contratual e até mesmo o 13º salário, que ainda não foram pagos pela Prefeitura de Cachoeira Paulista. Eles faziam parte da equipe da Santa Casa, foco da crise na rede pública municipal.
Os trabalhadores perderam o emprego no dia 7 de dezembro, em cumprimento as exigências do Ministério Público, que determinou a realização de um processo seletivo para a contratação de Agentes Comunitários de Saúde e de Endemias.
De acordo com alguns desses funcionários, muitos dos demitidos não conseguiram passar nesse certame, e depois de anos trabalhados, saíram sem receber vários direitos trabalhistas, como férias vencidas.
O vereador Breno Anaya (PSC) encabeçou uma reunião entre os funcionários e a Prefeitura para definir a situação, mas o parlamentar e os trabalhadores não saíram satisfeitos do encontro. “O que ficou claro é que mais uma vez a Prefeitura assume a falta e planejamento, e ao contratar novos funcionários e demitirem outros, ficaram sem dinheiro para pagar esses agentes. Eles alegam que estão aguardando um recurso, mas não esclarecem de onde vem, e até agora não deram uma posição concreta para os funcionários, nem mesmo para Câmara”.
O vereador ressaltou a preocupação com a situação financeira familiar dos envolvidos nesse imbróglio. “Quando se abre o processo seletivo temos de saber quantos serão mandados embora e quantos serão contratados, e ao mesmo tempo temos de ter a verba para fazer a rescisão e também o pagamento dos que serão contratados”.
Segundo Anaya, a intenção dos parlamentares de oposição é o acionamento da Justiça para que essa situação seja resolvida o mais rápido possível. “Vamos acionar o Ministério Público e do Trabalho para denunciar essa questão para saber quando essa decisão vai sair para a Prefeitura fazer o pagamento”.

Prefeitura – Em nota, a Prefeitura de Cachoeira Paulista respondeu que a demissão dos 37 funcionários da Santa Casa se deve à uma exigência do Ministério Público, que solicitou que fosse realizado um processo seletivo para a contratação de Agentes Comunitários de Saúde e de Endemias. “Os funcionários que passaram no referido processo foram admitidos, e os que não passaram foram desligados. Devido a atual situação financeira do município, aliada à crise que assola nosso País, ainda não foi possível efetuar o pagamento das verbas rescisórias para este grupo de funcionários”.
Apesar de reconhecer o problema, a atual administração ainda não tem prazo para realizar o pagamento, e nem especificou de onde estaria buscando os recursos para honrar esse compromisso salarial.

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