Vereadores denunciam comércio ilegal de túmulos no cemitério de Aparecida

Parlamentares tentam emplacar CPI para investigar o caso, mas proposta é barrada pela situação

Cemitério Santa Rita, em Aparecida; denúncia de comércio ilegal de sepulturas é investigado por CPI aberta na Câmara, nesta semana (Foto: Rafael Rodrigues)
Cemitério Santa Rita, em Aparecida; denúncia de comércio ilegal de sepulturas é investigado por CPI aberta na Câmara, nesta semana (Foto: Rafael Rodrigues)

Rafael Rodrigues
Aparecida

Vereadores de oposição de Aparecida não conseguiram emplacar a instalação de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito), com objetivo de apurar supostas irregularidades na comercialização de túmulos nos dois cemitérios da cidade. Por 6 votos a 3, a solicitação da vereadora Ana Alice Braga Vieira (Podemos) foi barrada pela Casa na sessão desta última segunda-feira. Além dela, os votos favoráveis pela abertura da Comissão foram de José Luiz Reis, o Dudu, (PR) e Carlos Alexandre Rangel dos Santos, (PSD).

“Nós fizemos um requerimento solicitando a instalação de uma CPI para que a gente pudesse ouvir as pessoas, conversar com funcionários, fazer leituras de documentos e levantar os fatos ocorridos no cemitério”, justificou Ana Alice.

A parlamentar disse ainda que há indícios de que há venda ilegal de túmulos no cemitério, e que por isso era necessário avaliar o que estava acontecendo. Ela fez questão de dizer que não se trata de uma movimentação política, somente uma fiscalização e análise das denúncias. “Eu não queria caça às bruxas, nem condenar ninguém, mas devemos ver a organização do cemitério, analisar a documentação que sumiu, essas ultimas transferências, para que isso seja regularizado e organizado, e também que faça um recadastramento”, explicou a política.

Um dos vereadores que foram contrários à criação da ‘CPI dos Túmulos’, Waldemir José Pedroso, (DEM), justificou seu voto alegando que não havia indícios suficientes para que fosse criada a comissão. “A importância de entrada de documentos tem sentido, mas precisa de fundamento e uma explicação. Eu acredito que eles deveriam entrar com o requerimento de informação, para que o Executivo informe. Aí sim, poderíamos abrir uma CEI”, explicou.

O pedido dos vereadores acabou se transformando em requerimento de informação enviado para Prefeitura, que terá a partir de segunda-feira, um prazo de 15 dias para responder.

A administração foi procurada para comentar as suspeitas de irregularidades, mas não houve resposta até o fechamento desta matéria.

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