Segurança, rodovias e emprego entram na pauta de França e Doria por votos no Vale

Candidatos apontam necessidades na região e travam disputa equilibrada pelo Palácio dos Bandeirantes

Márcio França e João Doria; atenção à RMVale cresce e prefeitos ampliam expectativas para melhor atendimento do Estado a partir de 2019 (Fotos: Jéssica Dias e Reprodução)
Márcio França e João Doria; atenção à RMVale cresce e prefeitos ampliam expectativas para melhor atendimento do Estado a partir de 2019 (Fotos: Jéssica Dias e Reprodução)
Leandro Oliveira
Região
A disputa pelo Governo de São Paulo será acirrada no segundo turno. Além das propostas feitas desde o início da campanha, Márcio França (PSB) e João Doria (PSDB) tem mostrado durante entrevistas que os embates serão marcados por ataques. Entre as demandas, a atenção ao Vale do Paraíba ganhou destaque, com promessas em áreas como a segurança pública e saúde.

O pessebista esteve na região na última semana, quando listou uma série de promessas. No último dia 12 de outubro, na comemoração do Dia de Nossa Senhora Aparecida (uma das principais datas para o catolicismo brasileiro), França participou de uma missa no Santuário de Nossa Senhora Aparecida.

Após a celebração, França atendeu à imprensa por duas vezes. Na primeira coletiva, ele foi questionado sobre o fortalecimento do turismo na região e o acesso ao Vale Histórico. “Nós temos que verificar. A cidade é a que mais recebe turistas em todo o Brasil, e é inacreditável que a única pista é federal. O Estado não pode mexer na Carvalho Pinto, por isso está igualzinha há 20 anos. Precisamos da duplicação dessa rodovia até aqui (Aparecida), para facilitar a vida das pessoas”.

A segurança pública também entrou em pauta. De acordo com dados da secretaria de Segurança Pública do Estado, o Vale do Paraíba continua como a região mais violenta do interior de São Paulo. Para o candidato, é fundamental investir na formação de jovens para tirá-los da criminalidade, ampliar o sistema de vídeomonitoramento e aumentar o reforço policial no Vale do Paraíba. “Nossos índices não são os que a gente quer, mas eles são muito melhores do que todos no Brasil”.

Para quem trafega frequentemente pelas rodovias que cortam o estado, França afirmou que as próximos concessões terão redução de 25% do custo. “Todas as concessões novas terão pedágios mais baratos. Nós fizemos duas concorrências nesse ano e ficaram 25% mais barato. Será assim nos novos contratos”, concluiu.

Candidata a vice, na chapa de França, a ex-comandante da Polícia Militar na região, Eliane Nikoluk (PR), fez uma série de visitas às cidades da região, na semana anterior ao primeiro turno. Em entrevista ao programa Atos no Rádio, ela destacou ações na segurança pública da RMVale (Região Metropolitana do Vale do Paraíba e Litoral Norte), a mais violenta do Estado.

PSDB – O candidato João Doria também passou pela região antes das votações do primeiro turno. Em Guaratinguetá, o tucano foi questionado sobre as demandas do Vale do Paraíba, e respondeu listando três prioridades. “Para geração de emprego, nós vamos apoiar a industrialização da região, sobretudo na área da aeronáutica, indústria automobilística e tecnologia. No âmbito da saúde, apoiar o projeto Santas Casas Sustentáveis, pois elas têm um papel importante no apoio às prefeituras, e finalmente, segurança pública. Os índices nessa região precisam melhorar. São Paulo tem a melhor estatística do País, São Paulo tem 7,4 homicídios para cada 100 mil habitantes. Aqui temos o dobro de homicídios, temos que reduzir”.

Ainda sobre segurança, Doria prometeu integração das guardas municipais, Polícia Civil e Polícia Militar para reforçar o setor. “Também ampliar o efetivo das bases comunitárias nas ruas, que foi feito no passado, e agora vai voltar”, concluiu.

Nos programas de rádio e TV de ambos, tem sido comum o eleitor se deparar com ataques das duas partes. Em debate nesta quinta-feira, realizado pelo Grupo Bandeirantes e marcado por fortes confrontos, França atribui a Doria o título de “traidor”, após vazamento de áudio da reunião da executiva do PSDB, onde há uma discussão de João Doria com Geraldo Alckmin. O tucano credita a Márcio França o rótulo de “petista disfarçado”, em alusão ao apoio nacional que o PSB dá a Fernando Haddad (PT) na corrida presidencial. Em São Paulo, o partido se isentou. Em contrapartida, Doria diz publicamente que apoia Jair Bolsonaro (PSL).

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