Obra inacabada prejudica o dia a dia de moradores em Aparecida
Quadra municipal que seria construída no Jardim Paraíba atrai lixo e vandalismo; moradores do bairro pedem providências da Prefeitura há mais de três anos
Rafael Rodrigues
Aparecida
Moradores do Jardim Paraíba em Aparecida pedem há mais de três anos a conclusão de uma obra, iniciada ainda em 2014, mas que por problemas burocráticos até hoje não foi entregue.
A quadra coberta que seria utilizada por alunos de uma escola municipal, abriga hoje animais peçonhentos e serve como esconderijo para usuários de drogas.
Pelo menos é esse o relato de quem mora nas imediações, como Rosangela Roberto, que se queixa de vários problemas ocasionados pela obra inacabada. “Em primeiro lugar tem insetos, ratos e água parada. Em segundo, onde era para construir os banheiros, agora serve de local de uso de drogas, mas a Prefeitura até hoje não veio dar uma satisfação para os moradores”.
A dona de casa Bete Oliveira concorda com a vizinha e disse que já cansou de reclamar, mas que agora nem sabe mais a quem recorrer para solucionar o problema. “Além do abandono no bairro tem pessoas que usam a construção para usar drogas durante o dia ou de noite”.
Ela destacou ainda as principais preocupações dos vizinhos com o terreno, prejudicado pela obra inacabada. “Estamos preocupados com os entulhos que jogam aqui nesse terreno, além do mato e poça de água. Eu acho um absurdo, porque este terreno está entre uma escola e uma creche”.
Outra moradora da rua, a dona Eumira dos Santos acredita que a quadra seria uma boa opção de lazer para alunos e moradores, mas até o momento só tem trazido dor de cabeça. “Eu achei que seria uma boa para escola, e para os moradores, mas agora está um verdadeiro perigo. Tem tudo, até dengue, porque tem água parada direto ali”.
Prefeitura – Diego Galdino, supervisor de ensino da Prefeitura de Aparecida justificou o atraso da obra e a paralisação dos trabalhos a um problema cadastral junto ao Governo Federal.
De acordo com ele, a obra começou em 2014, e desde então foram muitas inconsistências na alimentação do sistema onde a obra é cadastrada. “Com a mudança da gestão é necessário fazer um novo cadastro, e temos um problema porque o MEC teve atraso no recadastramento das prefeituras. Agora vamos conseguir uma nova fiscal para alimentar o sistema e de fato dar continuidade”.
Galdino frisou ainda que todas as obras financiadas pelo PAC 2 estão paralisadas, e que não há prazo para retomada dos trabalhos. “Desmanchar o que foi construído é inviável porque estaríamos negando a obra e ela é necessária. Agora vamos ver quanto ao fechamento do terreno com tapume para saber se isso poderá ser viável pela Prefeitura”.