Câmara de Aparecida rejeita contas de 2019 de Ernaldo e Dina

Dupla deve recorrer da decisão, que tira direitos políticos eleitorais por até oito anos

Os ex-prefeitos Dina e Ernaldo que tiveram as contas de 2019 rejeitadas na Câmara; medida pode afastar a dupla da política (Foto: Arquivo Atos)

Andréa Moroni
Aparecida

Em sessão extraordinária, realizada na última segunda-feira (25), a Câmara de Aparecida rejeitou, por 5 a 3, as contas do exercício de 2019 do governo de Ernaldo César Marcondes (MDB) e Dina Moraes Moreira (PDT). A votação acompanhou o parecer do TCE (Tribunal de Contas do Estado), que havia rejeitado as contas.

Os ex-prefeitos dividiram o ano administrativo municipal de 2019, após Marcondes ser condenado com afastamento e bloqueio de bens no valor de mais de R$ 11,6 milhões, por autorização sob fraude de abertura de licitação na modalidade convite para aquisição de kits escolares. A contratação estaria direcionada para a empresa DCB Comercial Eireli, com constatação ainda de superfaturamento de preços em R$ 446.676. Ernaldo foi substituído pela vice Dina, em junho daquele ano.

Sobre as contas de 2019, o vereador Gu Castro (PSDB), presidente da Casa, informou que o parecer do tribunal apontou irregularidades nas áreas de pessoal, fiscal e precatórios. “Como em 2019 o Ernaldo ficou até junho e a Dina assumiu até dezembro, os dois acabaram sendo penalizados pela Câmara”, lembrou

Com a rejeição da Câmara, Ernaldo e Dina devem ficar inelegíveis, mas ainda cabe recurso. “Os dois devem recorrer da decisão, mas o Ernaldo já tem outras contas rejeitadas e a Dina tem outras contas para serem analisadas”, explicou Gu Castro.

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