Após cinco meses afastado, Zwibelberg reassume Câmara de Ubatuba

Presidente está entre os acusados por esquema de “rachadinha” na Casa; dois vereadores seguem longe do plenário, enquanto suplentes atuam

Eugênio Zwibelberg , que retornou as atividades no Legislativo após afastamento; investigação segue (Foto: Reprodução)

Da Redação
Ubatuba

Com aval judicial, o presidente da Câmara de Ubatuba, Eugênio Zwibelberg (UNIÃO), retornou às suas funções legislativas nesta semana após cinco meses afastado devido à acusação de participar de um suposto esquema de “rachadinha”. O retorno do chefe do Legislativo culminou na saída de seu suplente, Durval Netto (PSL), que ocupou o cargo por menos de uma semana.

Os moradores de Ubatuba que acompanharam na última terça-feira (6) a primeira sessão de Câmara do ano foram surpreendidos pela presença de Zwibelberg na bancada. O chefe do Legislativo não conduzia uma sessão desde 29 de agosto do ano passado, dois dias antes da deflagração na cidade de uma operação da Polícia Civil e do MP-SP (Ministério Público do Estado de São Paulo) que apura na Câmara a denúncia de “rachadinha”, termo popular dado quando um assessor transfere ao vereador parte de seu salário. Além de Zwibelberg, foram também afastados de suas funções em 31 de agosto, o vice-presidente, José Roberto Monteiro Júnior, o Júnior JR (Podemos), e o segundo secretário, Josué dos Santos, o Josué ‘D” Menor (Avante).

Apesar do trabalho investigativo da Polícia Civil e MP-SP seguir em andamento, o filiado ao União obteve, na última semana, autorização do TJ-SP (Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo) para retornar ao Legislativo. Em nota em seu site oficial, a Câmara informou que a desembargadora do TJ-SP, Ana Zomer, concedeu liminar com Habeas Corpus à Zwibelberg devido ao “evidente excesso de prazo para a conclusão das investigações, configurando-se constrangimento ilegal já que mandatos de busca e apreensão foram cumpridos e testemunhas já foram ouvidas, não mais persistindo o panorama que justificou a suspensão das funções (trecho da decisão)”.

Além do retorno do presidente, a primeira sessão de 2024 foi marcada pela estreia na bancada dos suplentes Benedito dos Santos, o Berico (PTB), e Sandro Anderle, o Pastor Sandro (Avante). Assim como Durval Netto, que ficou apenas seis dias na vaga de Zwibelberg, Berico e Pastor Sandro foram empossados no último dia 1, após ordem judicial.

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