Para conter crimes ambientais, Caraguá estuda ampliar Atividade Delegada

Prefeitura inicia tratativas com a Polícia Ambiental para reforçar estrutura de segurança; cidade registra novos casos de pesca ilegal

Encontro que debateu a possibilidade de ampliação da Atividade Delegada no município; novas ações focam os crimes ambientais (Foto: Reprodução PMC)

Da Redação
Caraguatatuba

Com o objetivo de inibir novos crimes contra a fauna e a flora de Caraguatatuba, a Prefeitura analisa contribuir para o aumento do efetivo da Polícia Militar Ambiental com a ampliação da Atividade Delegada. Iniciando as tratativas, representantes do Executivo se reuniram no início do mês com o comando da corporação.

Além do prefeito Aguilar Junior (MDB) e do secretário de Saúde, Gustavo Boher, o encontro contou com as presenças dos comandantes dos policiamentos Ambiental Estadual, coronel Paulo Motooka, do Litoral Paulista e Vale do Paraíba, Rinaldo Monteiro, e do Litoral Norte, capitão Igor Hiasa.

Na ocasião, o chefe do Executivo expôs aos representantes da corporação, sua intenção de criar vagas específicas para que policiais ambientais, de folga, sejam contratados pela Prefeitura para reforçarem as ações desenvolvidas pelas equipes municipais de Meio Ambiente e de Fiscalização no combate a crimes contra a natureza.

A ação resultaria na ampliação do convênio da Atividade Delegada, firmado desde 2017 entre Caraguá e o Estado. Atualmente, a cidade praiana conta com 26 policiais militares contratados através do programa, que se revezam de acordo com a demanda de ações, tradicionalmente intensificadas durante os feriados prolongados e a temporada turística.

De acordo com a Prefeitura, anualmente são investidos cerca de R$ 4 milhões no setor de Segurança, distribuídos nas contratações de PM´s pela Atividade Delegada, manutenção de viaturas e motocicletas, auxilio alimentação aos profissionais e diversos outros encargos.

A atual gestão municipal preferiu não revelar o número de policiais ambientais que pretende contratar, já que esta definição dependerá do valor que será proposto pelo Estado.

A expectativa do Executivo é que uma nova reunião com o comando da Polícia Militar Ambiental seja realizada até fim deste mês, para que na sequência seja analisada a viabilidade financeira da ampliação da Atividade Delegada.

Em caso de acordo, a corporação contará com um maior contingente na cidade praiana, podendo desenvolver mais frequentemente ações como a do último dia 30, que apreendeu mais de 43 quilos pescado no entreposto de Pesca do Camaroeiro, que fica na região central da cidade. Na ocasião, os policiais ambientais localizaram uma grande quantidade de camarão sete-barbas, crustáceo que se encontra em seu período de proteção por lei, e de peixes cação-anjo-de-asa-curta, espécie ameaçada de extinção.

Apreendida em dois boxes comerciais, a mercadoria ilegal na sequência foi doada pela Polícia Ambiental ao Banco Municipal de Alimentos de Caraguá. Flagrados, os comerciantes foram autuados por crime ambiental.

Já no último dia 11, a corporação apreendeu uma rede de pesca de mais de cem metros de comprimento e cinco metros de altura na Praia do Sul, próximo a Ilha do Tamanduá. Com tamanho acima do permitido por lei, o objeto colocava em risco diversas espécies marinhas. Os responsáveis pelo crime não foram identificados.

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