Após incêndio, vizinhos de empresa de explosivos de Cruzeiro pedem mais segurança

Moradores do Embaú coletam assinaturas para cobrar mudanças na Fábrica Maxam

Allan Torquato – Cruzeiro

Um incêndio que atingiu a área de vegetação da fábrica de explosivos Maxan, na divisa entre Cachoeira Paulista e Cruzeiro, no último dia 4, colocou os moradores da região em alerta. Casas próximas ao bairro chegaram a ser evacuadas pelo risco de explosão. Depois do ocorrido, moradores de áreas vizinhas ao galpão cobram mais segurança e recolhem assinaturas para que novos episódios sejam evitados.

O fogo começou por volta das 9h30 em um mato alto próximo à Maxam. A empresa tentou conter as chamas, mas em decorrência do forte vento e da vegetação alta, foi insuficiente. O Corpo de Bombeiros agiu para evitar que o incêndio atingisse o galpão onde estava armazenado o material explosivo.

A moradora do bairro do Embaú, Camila Rodrigues, de 25 anos, contou que o pânico tomou conta do bairro e por conta disso passou a recolher assinaturas da população para que o fato não se repita. “Pessoas corriam desesperadas, mães sobressaltadas, a maioria dos moradores saíram do bairro em direção ao morro ou a Cachoeira Paulista. O alarme avisando do risco não tocou. O fato é que de uma hora para outra podemos perder nossas casas, ou até mesmo nossas vidas”, relatou.

Ela questiona que em decorrência da alta periculosidade dos itens produzidos pela empresa, a administração da companhia deveria criar mecanismos para garantirem uma maior segurança. Camila acredita que a Maxam deveria estar mais preparada para auxiliar a população, que ficou desorientada durante o incêndio.

O funcionário público Alexandre Camillo, de 40 anos, reside há dois anos próximo à fábrica. Ele aderiu ao abaixo-assinado e afirma que de sua casa é possível ver o mato queimado nos arredores dos galpões e dos tanques. No momento do incidente ele não estava em casa, mas foi avisado por um amigo. “Busquei a minha esposa e a trouxe para Cruzeiro. Depois disso, espero que a empresa dê uma real informação sobre o perigo que corremos”.

A equipe de reportagem do Jornal Atos entrou em contato com a empresa Maxam, mas nenhum responsável foi localizado para comentar o assunto.

 

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