UBS abandonada causa insegurança em moradores de Cruzeiro

Obra paralisada por Ana Karin deixa vizinhos intimidados por usuários de drogas

Allan Torquato – Cruzeiro

Uma UBS (Unidade Básica de Saúde) que serviria para atender centenas de famílias, no bairro Lagoa Dourada II, em Cruzeiro, se transformou em ponto de encontro para o uso de entorpecentes. Quem vive no entorno tem medo de passar próximo ao local no período da noite, pois é incomodado pelos usuários. A obra está paralisada há mais de um ano e meio. Moradores cobram medidas da Prefeitura para acabar com o consumo no local. Eles afirmaram que além da UBS, a promessa era de que uma academia ao ar livre e um parquinho fosse instalado no local, mas a cena que se vê é bem diferente. No piso da obra, seringas, latas queimadas e preservativos, são indícios de que o local é usado para atos ilícitos.

Sem muros ou qualquer outro tipo de proteção, o local estaria sendo utilizado por um andarilho como moradia. As paredes do prédio estão pichadas e o lixo, acompanhado do mal cheiro, se concentra dentro e fora da construção.

A dona de casa Suellen Ferreira, de 31 anos, contou que usuários de drogas já até foram em sua residência, no meio da noite, pedir fósforos. “É um perigo sair durante a noite. Você não sabe o que eles podem fazer”, queixou-se a moradora.

Ela ainda disse que o fato da obra não ter nenhuma proteção, se tornou um perigo para as crianças e que não deixa os filhos próximos ao prédio. “Uma vez meu filho ‘rasgou’ o rosto em um vergalhão solto. É um perigo para ele entrar lá e se machucar com uma seringa contaminada”.

A cabeleireira Nadir Souza, de 57 anos, reclamou que a administração municipal não dá nenhuma satisfação concreta sobre o término da obra. “Sempre que alguém da Prefeitura vem aqui eu comento, mas eles enrolam a gente. Só prometeram um monte de coisa”. Ela completou dizendo que os próprios moradores é que recolhem o lixo no entorno, com medo da criação de mosquitos da dengue.

Outro lado – A reportagem do Jornal Atos tentou esclarecimentos da Prefeitura, mas não obteve resposta até o fechamento desta edição.

 

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