Potim registra baixa adesão em vacinação contra Influenza H1N1

Vigilância Epidemiológica destaca importância de ampla imunização para inibir avanço do vírus; sintomas parecidos com sinais da Covid aumentam necessidade de atenção

Preparo de dose para vacinação contra o vírus H1N1; procura de imunização está reduzida em Potim (Foto: Reprodução PMC)

Marcelo Augusto dos Santos
Potim

Com doses suficientes para vacinar todo o público alvo até o mês de julho, Potim vem registrando uma baixa procura pelo imunizante da Influenza H1N1, que no ano passado infectou quase trinta mil pessoas em todo o Brasil.

Descoberto há 11 anos, no México, o vírus se tornou conhecido pela propagação da Gripe Suína, que se espalhou em questão de meses para mais de uma centena de países, entre eles o Brasil, e provocou a primeira pandemia no século 21.

A campanha nacional realizada pelo Ministério da Saúde, começou no último dia 12 e foi dividida em três etapas. Neste primeiro momento estão sendo vacinadas as crianças com seis meses a 5 anos,11 meses e 29 dias, gestantes, puérperas (mulheres que acabaram de dar à luz) de até 45 dias pós parto, povos indígenas e profissionais da saúde.

Mas apesar da organização, a procura pela vacinação ainda está aquém do esperado. Em Potim, de acordo com a secretaria de Saúde, das 1.682 crianças que podem receber a dose, 392 foram imunizadas, o que representa 23%. O número de gestantes também está baixo. Apenas 39 receberam a vacina, o que representa 22,5%. Já as puérperas (mulheres que acabaram de dar à luz), oito receberam o imunizante o que representa 28%.

No entanto os profissionais da saúde são os que representam o menor número de vacinados: 13,8%.

Com esse início abaixo do esperado, um alerta foi publicado nas redes sociais e no site da Prefeitura, o potim.sp.gov.br, para que os pais e responsáveis a levarem os bebês até uma unidade de saúde. “No ano passado, nós vacinamos muita gente fora do nosso município. Vacinamos pessoal de Guará, então essas pessoas não vieram mais tomar a vacina. A gente já tinha vacinados os profissionais da saúde do presídio (no ano passado), não vieram tomar”, destacou a responsável pela Vigilância Epidemiológica, Rosana Gonçalves da Silva Santos.

Ela lembrou que no ano passado apenas 40% das crianças foram vacinas. “Ano passado tivemos uma cobertura vacinal baixa, onde entre gestante (57%) e crianças (40%), esperamos que este ano nossa meta seja superior à dos anos anteriores. Sempre que não atingimos um grande número de vacinados, podemos ter a doença circulando no município. Quanto mais pessoas vacinadas mais proteção teremos. Portanto, esperamos que a população se conscientize da necessidade de se vacinar”.

Essa também é a preocupação do infectologista da Santa Casa de Lorena, Dr. Leandro Martins, que destacou a necessidade de atenção aos sinais da gripe, principalmente em meio à pandemia. “É um desafio muito grande, porque é muito difícil você diferenciar uma fase inicial da infecção da Covid e da H1N1. Normalmente começa com os mesmos sintomas, febre, dor no corpo, dor de cabeça, tosse e falta de ar (…) De um ano para cá, ele reduziu a sua circulação, mas ele pode voltar a circular a partir deste ano”.

O médico explicou que as pessoas que foram vacinadas contra Covid-19 devem esperar 14 dias para receber a dose da vacina contra a Influenza H1N1. “A recomendação é de 14 a 15 dias, porque se tiver um evento adverso a gente precisa entender qual vacina teve o evento adverso, então se recebe uma vacina hoje para Covid e daqui três ou quatro dias recebo a vacina para Influenza, se eu tenho um evento adverso não vou conseguir entender de qual vacina que foi, então por isso que a gente pede para respeitar este período”.

A segunda etapa da Campanha de Vacinação contra a Gripe começa no dia 11 de maio e vai até 12 de junho. A ação volta a focar vacinar os idosos acima de sessenta anos e professores. A última fase está marcada para o dia 9 de junho para os integrantes das forças de segurança e salvamento, pessoas com comorbidades, condições clínicas especiais ou com deficiência permanente, caminhoneiros, trabalhadores de transporte coletivo rodoviário, trabalhadores portuários, funcionários do sistema de privação de liberdade, população privada de liberdade e adolescentes em medidas socioeducativas.

As doses estão disponíveis em todas unidades de saúde do Estado.

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