Suspensão no plano de saúde para produção da Danone em Guará

Fábrica não apresenta propostas aos trabalhadores que mantêm greve

Sindicalista fala a grupo de trabalhadores da empresa de Guará, que cruzaram os braços na última quinta-feira, após terem o plano de saúde cortado (Foto: Thiago Rocha)
Sindicalista fala a grupo de trabalhadores da empresa de Guará, que cruzaram os braços na última quinta-feira, após terem o plano de saúde cortado (Foto: Thiago Rocha)

Da Redação
Guaratinguetá

Os trabalhadores de uma empresa de alimentos de Guaratinguetá entraram em greve na última quinta-feira. A produção da unidade, que fica no bairro Vila Rosa, foi interrompida na totalidade. Parte dos empregados, de vários turnos, protestou na porta da unidade.

Eles usaram cartazes e um carro de som, tentando chamar a atenção dos responsáveis da fábrica. A manifestação teve o apoio do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria de Alimentação de Guaratinguetá e Região.

Os colaboradores pedem o retorno dos planos de saúde e odontológico, cortados no início do ano. O impasse dura alguns meses e o Sindicato alega que já procurou a gerência da indústria, mas não obteve sucesso nas negociações. “Já notificamos a empresa por diversas vezes, e eles sempre prometem algumas coisas, e solicitam novos prazos. Além de tudo isso, quando o trabalhador vai usar o plano é informado que não tem mais direito ao serviço. A empresa diz que não tem mais o que fazer e pede para os colaboradores pagarem, com o próprio dinheiro, os procedimentos médicos”, contou o presidente do Sindicato, Aylson da Silva Belarmino.

Segundo Aylson, o descaso com os funcionários acontece já há algum tempo e os colaboradores não conseguem identificar quem são os responsáveis pela unidade. “Na carteira de trabalho temos o registro como Companhia de Alimentos Glória, mas eles alegam que quem administra a gente é outra empresa. Só que produzimos produtos da Danone. Os trabalhadores ficam com a dúvida: quem é o responsável, já que ninguém apresenta qualquer tipo de documento”, detalhou.

Após a demissão de parte dos funcionários, a empresa optou pela contratação de colaboradores terceirizados, que segundo o Sindicato, ficam impedidos de receberem os benefícios aprovados na convenção coletiva da categoria (adicional noturno e hora-extra). A planta de Guará tem 160 operários, após o encerramento do setor de laticínios da unidade. “Eles mandaram embora parte dos trabalhadores e demoraram a fazer a homologação das demissões. Com muito custo conseguimos que eles efetuassem os pagamentos”, finalizou.

Até o fechamento desta edição a greve foi mantida e a Danone não havia apresentado proposta ao Sindicato.

Outro lado – Ninguém da empresa responsável pela fábrica foi encontrado pelo Jornal Atos.

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