Ubatuba inicia demolição de imóveis clandestinos
Moradias estão em área de preservação ambiental; famílias são remanejadas para novo conjunto habitacional
Lucas Barbosa
Ubatuba
Para evitar novas ocupações irregulares em Ubatuba, a Prefeitura iniciou na última quinta-feira (23) a demolição de cerca de 150 moradias construídas em zona de preservação ambiental, que anteriormente abrigavam as famílias contempladas no último dia 16 com os apartamentos do conjunto habitacional ‘Ubatuba G’. Além de erguidas em áreas de risco, a maioria das construções apresentava problemas estruturais.
De acordo com a secretaria de Infraestrutura Pública, as demolições dos imóveis clandestinos ocorrem, simultaneamente, em trechos do Parque Estadual da Serra do Mar e nos bairros Cachoeira dos Macacos, Sesmaria e Vale do Sol. A expectativa municipal é que o serviço seja concluído até o início de agosto.
Construídas em APP (Área de Preservação Permanente) há pouco mais de duas décadas, as moradias corriam risco de desabamento devido ao solo inapropriado e a precariedade dos materiais utilizados nas edificações.
Segundo o secretário de Assistência Social, Roberto Tamura, as famílias que viviam nos imóveis assinaram no início do ano um termo reconhecendo que as construções seriam demolidas assim que mudassem para seus novos lares, no ‘Ubatuba G’. O chefe da pasta destacou ainda que a destruição dos imóveis é uma medida de segurança, pois a chegada de novos habitantes poderia contribuir para acidentes no local e danos à natureza.
Novo lar – No último dia 16, pelo menos 146 famílias que moravam nas áreas irregulares, receberem do prefeito Délcio Sato (PSD), as chaves dos apartamentos do conjunto habitacional ‘Ubatuba G’, que fica no bairro Marafunda.
Contando com um investimento de R$ 93,8 milhões da CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano), o empreendimento conta com 24 torres, divididas em quatro condomínios independentes.
Além das moradias entregues, o “Ubatuba G” conta com outros 230 apartamentos, que deverão receber até o fim do ano seus novos moradores, que atualmente residem em núcleos clandestinos espalhados pela cidade litorânea.