Luto Infantil: Ajude o seu filho a lidar com essa dor!


Em tempos de tantas partidas é justo falarmos da dor de quem fica. O luto é um processo de assimilação de perdas. O seu entendimento está popularmente representado em perdas físicas de pessoas queridas, mas a presença do seu processo está em também muitas outras dores, como abandonos afetivos ou distanciamento de alguém muito próximo.

A criança experiencia a dor em doses moderadas, de acordo com seus recursos de enfrentamento. Então não se surpreenda ao vê-la brincar, gargalhar e em momento seguinte chorar sua dor. O seu silêncio, o seu brincar, não denuncia ausência de sofrimento. Não tente entendê-la a partir do seu modo de sentir.

Não a convide a falar da dor em momentos em que se mostra distante disso, respeite e aguarde sua abertura. Quando oportuno fale, valide, escute-a. Deixe-a chorar, não crie teorias que mascare a realidade. Adiar o luto intensificará a complexidade da dor com o tempo. Então um conselho, se desprenda da expectativa de encontrar palavras que amenizem a dor. Apenas escute, ampare, acolha. Cuide para que suas palavras não inibam o sentir.

Não tente responder a todas as perguntas, dívida com ela também o quanto se sente confusa quando este for o caso. Acesse memórias, traga lembranças, não crie atalhos. A memória de quem partiu ajudou na formação de identidade dessa criança, não a afaste dela. Mas olhe com carinho para o movimento de abertura, não invada um espaço que ainda está fechado para você! E por último, tente manter as coisas como estão por um tempo, não a exponha a novas mudanças nesse momento. Vai passar, mas que passe no amparo do amor e compreensão!

Márcia Freire
CRP: 100/286
(12) 99124-4834

 

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