Liberado da prisão, Lê Braga volta ao cargo e responde por uso de carro no Carnaval

Prefeito ficou cinco dias detido na sede da Polícia Federal; desembargador não vê risco de fuga ou prejuízo ao processo com soltura

O prefeito Lê Braga voltou ao cargo em São José do Barreiro após liberação; quatro dias de prisão (Foto: Reprodução PMSJB)

Thales Siqueira
São José do Barreiro

O prefeito de São José do Barreiro e presidente do Consórcio Novo Vale, Alexandre de Siqueira Braga, o Lê Braga (PSD), foi liberado por volta das 19h da noite da última quinta-feira (22), da sede da Polícia Federal, onde estava detido desde a última segunda-feira (19). Ele é acusado de ter usado um carro oficial para benefício próprio durante as festividades do Carnaval.

A liberdade do chefe do Executivo foi concedida pelo desembargador do Tribunal Regional Federal da 3ª Região, Maurício Kato, que entendeu como excessiva a medida de manter a prisão, já que não viu riscos de Braga fugir.

Kato destacou ainda que, como o prefeito não possui mãos antecedentes, não apresenta riscos à ordem pública e ao processo. “… até o momento, não há notícia da existência de maus antecedentes. Também não se verifica a possibilidade de reiteração criminosa (trecho da decisão)”, frisou o desembargador.

Mas para que o prefeito siga com o direito de responder ao processo em liberdade, ele terá que atender condições como não se ausentar do seu domicílio por mais de sete dias, sem autorização do Tribunal de Justiça e não se ausentar do país.

O caso – De acordo com informações da Polícia Federal, o prefeito utilizou um veículo da secretaria de Saúde, do tipo van, para fins pessoais. O automóvel teria sido utilizado para levar Lê Braga e mais três casais de amigos até o Aeroporto Internacional de Guarulhos para pegarem um voo até Porto Seguro (BA) para curtirem o Carnaval.

A prisão aconteceu durante uma operação da PF, no pedágio de Moreira César em Pindamonhangaba, quando o chefe do Executivo retornava a São José do Barreiro após sua viagem. Logo em seguida da abordagem da PF, o político foi encaminhado à delegacia da Polícia Federal em Cruzeiro.

Em 2022, Lê Braga já foi acusado de utilizar um veículo da secretaria de Saúde para proveito próprio. Agora, ele está sendo acusado pelo crime de responsabilidade fiscal, pois o combustível utilizado da van teria sido comprado com recursos da União.

Câmara – O Legislativo se manifestou na última terça-feira (20) por meio de nota. “… vimos expressar nossa indignação com a conduta indecorosa do chefe do Executivo, que assim agindo, mancha o bom nome da nossa hospitaleira cidade”.

A Câmara destacou ainda apontamentos anteriores a Braga, como organização criminosa, corrupção e fraude a licitações e revelou que vai solicitar informações à Polícia Federal para abertura de uma CPI (Comissão Processante de Inquérito).

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